Eduardo Magrini, conhecido como Diabo Loiro, foi detido em operação que investiga lavagem de dinheiro do PCC em São Paulo.
31 de Outubro de 2025 às 18h06

Quem é Eduardo Magrini, o Diabo Loiro, preso em operação contra o PCC

Eduardo Magrini, conhecido como Diabo Loiro, foi detido em operação que investiga lavagem de dinheiro do PCC em São Paulo.

Eduardo Magrini, também chamado de Diabo Loiro, foi preso nesta quinta-feira (30) durante uma operação do Ministério Público de São Paulo que investiga um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O suspeito é apontado como um dos membros de alto escalão da facção criminosa.

Com um perfil de influenciador digital, Magrini acumulava cerca de 105 mil seguidores nas redes sociais, onde se apresentava como produtor rural e exibia um estilo de vida luxuoso, com fotos de carros caros, viagens internacionais e eventos de rodeio. Ele frequentemente compartilhava imagens de sua rotina, que incluía montarias e passeios em propriedades rurais.

O Diabo Loiro possui um histórico criminal extenso, incluindo passagens por homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documentos falsos. Em 2012, ele foi preso em flagrante por tráfico de drogas, quando a polícia encontrou um carregamento de cocaína e maconha em seu veículo na rodovia Dom Pedro I, em São Paulo. Na ocasião, Magrini alegou estar envolvido apenas com a compra e venda de cavalos.

As autoridades afirmam que ele teve um papel ativo nos ataques perpetrados pelo PCC contra o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) em 2006, quando a facção realizou uma série de atentados que resultaram em pânico na população e nas forças de segurança.

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A operação que levou à sua prisão, chamada de Off White, também mira outros envolvidos no esquema, incluindo empresários e agiotas que teriam ligações com dois dos traficantes mais procurados do Brasil: Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como Mijão, e Álvaro Daniel Roberto, o Caipira.

Durante a ação, que ocorreu em Campinas, Artur Nogueira e Mogi Guaçu, houve um confronto entre os policiais e um dos suspeitos, resultando na morte do investigado e ferimentos em um policial militar, que foi encaminhado ao Hospital de Clínicas da Unicamp.

Foram expedidos nove mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de 12 imóveis de luxo e congelamento de valores em contas bancárias dos envolvidos. As operações visam desmantelar a rede de lavagem de dinheiro que oculta a origem criminosa de bens e valores.

As investigações indicam que, apesar de estar menos ativo nos últimos anos, Magrini mantém conexões com o crime organizado na região de Campinas, onde suas atividades continuam a ser monitoradas pelas autoridades.

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