Polícia prende mulher que intermediou assassinato de jovem em Sepetiba
Ingrid Luiza da Silva Marques confessou participação no crime; mandante segue foragida após mudar aparência.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na tarde desta sexta-feira (14), Ingrid Luiza da Silva Marques, acusada de intermediar o contato entre a mandante e o executor do assassinato de Laís de Oliveira Gomes Pereira, ocorrido em Sepetiba, na Zona Oeste da cidade. A prisão foi realizada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Ingrid confessou, em depoimento na Delegacia de Homicídios, que facilitou a comunicação entre Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, apontada como a mandante do crime, e Davi de Souza Malto, o responsável por disparar os tiros que resultaram na morte de Laís. De acordo com as investigações, Ingrid teve um papel crucial na articulação do crime, indicando Davi a Gabrielle e ajudando na logística do ato violento.
A decisão judicial que decretou a prisão de Ingrid destacou sua confissão e a apresentação de mensagens trocadas entre ela e Davi, que corroboram sua participação no crime. Com a detenção de Ingrid, a Delegacia de Homicídios continua a busca por Gabrielle, que permanece foragida.
O Disque-Denúncia divulgou um cartaz com a nova aparência de Gabrielle, que, segundo a polícia, alterou seu visual para dificultar a identificação. Na tarde da quinta-feira (13), a polícia realizou uma operação na favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, em busca da suspeita, mas não obteve sucesso.
Os advogados de Gabrielle informaram que ela não tem intenção de se entregar e que a mudança de visual, com cabelos pretos e uso de óculos, foi uma estratégia para enganar os policiais. A polícia acredita que Gabrielle, de 21 anos, encomendou a morte de Laís para obter a guarda da filha da vítima, uma criança de apenas 4 anos.
O crime ocorreu no dia 4 de novembro, quando Laís caminhava com o carrinho do filho de 1 ano e 8 meses e foi surpreendida por um tiro na nuca. Imagens de câmeras de segurança mostram dois homens em uma moto seguindo a vítima antes do ataque. Laís não sobreviveu ao ataque, enquanto seu filho não ficou ferido.
A investigação revelou que Gabrielle ofereceu cerca de R$ 20 mil a Davi e a outro homem, Erick Santos Maria, para que executassem o crime. Ambos foram presos e confessaram a participação no assassinato, enquanto Gabrielle, que demonstrava um comportamento possessivo em relação à filha de Laís, permanece foragida.
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