Condenado a 33 anos e nove meses por assassinato, Gil Rugai cumpre pena no regime aberto desde agosto de 2024.
15 de Novembro de 2025 às 12h27

Justiça de São Paulo nega pedido de retirada de tornozeleira de Gil Rugai

Condenado a 33 anos e nove meses por assassinato, Gil Rugai cumpre pena no regime aberto desde agosto de 2024.

A Justiça de São Paulo negou, nesta semana, o pedido da defesa de Gil Rugai para a retirada da tornozeleira eletrônica. O ex-seminarista, condenado a 33 anos e nove meses de prisão pelo assassinato de seu pai, Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra Troitino, em 2004, continua a cumprir pena no regime aberto desde agosto de 2024.

O pedido de dispensa do monitoramento eletrônico foi protocolado em setembro deste ano. A defesa argumentou que Gil possui um “histórico carcerário exemplar” e que nunca se envolveu em faltas disciplinares durante o cumprimento da pena. Além disso, a advogada ressaltou que o uso da tornozeleira o segregava da sociedade.

“O uso de tal equipamento viola não apenas as diretrizes da Lei de Execuções Penais, mas também ignora o princípio da dignidade da pessoa humana, prejudicando a ressocialização e os direitos à saúde e à integridade física”, afirmou a defesa.

Gil Rugai passou a maior parte de sua pena na Penitenciária Dr. José Augusto Salgado, em Tremembé, conhecida como o “presídio dos famosos”. Na mesma semana em que o pedido foi negado, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) se manifestou contra a retirada da tornozeleira, alegando que Gil foi devidamente informado sobre as condições do regime aberto e que sua condenação, por crimes de extrema violência, justificava a manutenção do monitoramento.

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A juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, da 4ª Vara das Execuções Criminais do Foro Criminal da Barra Funda, considerou o parecer do MP e negou o pedido da defesa. “No tocante ao monitoramento eletrônico, a natureza dos fatos praticados e a quantidade de pena impõem cautela, haja vista a existência de risco concreto de descumprimento das condições impostas”, declarou a magistrada.

Gil Rugai foi solto em agosto de 2024 após a Justiça conceder a progressão para o regime aberto, onde deve cumprir algumas medidas cautelares, incluindo o uso da tornozeleira e comparecimento periódico ao juízo.

O crime pelo qual Gil foi condenado ocorreu em 28 de março de 2004, quando Luiz e Alessandra foram encontrados mortos na sede da agência de publicidade onde trabalhavam. A acusação alega que Gil, então com 20 anos, cometeu os homicídios após seu pai descobrir que ele desviava dinheiro da empresa. Gil sempre negou as acusações.

Em 2013, o Tribunal do Júri condenou Gil a 33 anos e nove meses de prisão. A defesa tentou anular o júri, mas em 2020 o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a condenação, tornando-a definitiva. Após cumprir 20 anos de pena, Gil progrediu para o regime aberto, mas sua situação continua a ser monitorada pelas autoridades.

O caso de Gil Rugai continua a chamar a atenção da mídia e do público, especialmente devido à gravidade dos crimes pelos quais foi condenado e ao seu histórico no sistema prisional.

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