Polícia identifica mandante do assassinato de jovem mãe em Sepetiba
Laís Pereira foi morta enquanto empurrava o carrinho do filho. Gabrielle Pinheiro é apontada como mandante do crime.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou a mandante do assassinato de Laís de Oliveira Gomes Pereira, de 25 anos, que foi executada com um tiro na nuca enquanto empurrava o carrinho do filho em Sepetiba, na Zona Oeste da cidade. As investigações apontam que Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário teria planejado o crime com o intuito de obter a guarda da criança.
O crime ocorreu no dia 4 de novembro, quando Laís caminhava com seu filho de 1 ano e 8 meses. De acordo com a polícia, Gabrielle demonstrava um comportamento possessivo em relação à criança, o que levantou suspeitas sobre suas intenções. As investigações revelaram que ela teria forjado evidências para incitar um sentimento de ódio entre os pais da criança.
Nesta segunda-feira (10), a polícia prendeu dois homens, identificados como Erick Santos Maria e Davi de Souza Malto, que confessaram a execução do crime. Os dois teriam recebido R$ 20 mil para realizar o assassinato. Erick, que pilotava a moto utilizada no crime, se entregou à polícia na sexta-feira, enquanto Davi foi preso em uma lanchonete em Duque de Caxias.
O delegado responsável pelo caso, que não teve seu nome divulgado, afirmou que a motivação do crime ainda está sendo investigada. “Ainda temos mais uma prisão a realizar. O Erick, que foi preso primeiro, foi quem recebeu o dinheiro e não repassou para o Davi, segundo ele”, relatou o delegado.
As investigações indicam que os dois homens monitoraram a rotina de Laís antes de atacá-la. “Eles receberam 20 mil reais para executar. Mas no dia, foram levantar a rotina da vítima e acabaram decidindo matá-la”, explicou o policial.
A Polícia Civil continua a busca por mais informações que possam levar à prisão de outros envolvidos no planejamento do crime. A motivação exata ainda não foi divulgada, mas a polícia está analisando imagens de câmeras de segurança e ouvindo testemunhas.
O crime chocou a comunidade local, especialmente pela brutalidade e pela presença da criança, que não ficou ferida. Laís havia deixado a filha de 4 anos na escola momentos antes de ser morta.
Em entrevista, a mãe de Davi, Kelly Silva de Souza, reconheceu o filho nas imagens de segurança e decidiu denunciá-lo. “Eu vi que era ele. Ele saiu falando para os vizinhos que tinha feito uma coisa muito grande, tinha matado alguém por dinheiro”, disse Kelly, que se mostrou devastada com a situação.
Ela também expressou sua solidariedade à família de Laís e pediu perdão pela dor causada. “Eu quero pedir perdão para esse pai. Essa família da Laís que chora. Porque se eu estou sofrendo, eu sei que a dor deles é muito maior”, desabafou.
A Delegacia de Homicídios da Capital segue com as investigações, buscando entender todos os detalhes que levaram a esse crime trágico e a motivação por trás dele.
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