Ação em Belo Horizonte resultou na detenção de Thabata Pinheiro Campos, que pichou 'Brasil Terra Indígena' em estátua histórica.
15 de Dezembro de 2025 às 09h41

Mulher é detida por pichar monumento em protesto contra PL da Dosimetria em BH

Ação em Belo Horizonte resultou na detenção de Thabata Pinheiro Campos, que pichou 'Brasil Terra Indígena' em estátua histórica.

Uma mulher de 37 anos foi detida neste domingo (14) em Belo Horizonte, após pichar o Monumento à Terra Mineira, localizado na Praça da Estação. O ato ocorreu durante uma manifestação contra o Projeto de Lei da Dosimetria, que propõe a redução das penas para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, em Brasília.

Identificada como Thabata Pinheiro Campos, a manifestante foi flagrada por câmeras de monitoramento enquanto utilizava um spray vermelho para escrever a frase “Brasil Terra Indígena” na base do monumento. O protesto, que reuniu centenas de pessoas, teve início na Praça Raul Soares e se dispersou na Praça da Estação, onde Thabata foi detida.

Segundo informações da Guarda Municipal, Thabata resistiu à abordagem dos agentes no momento da detenção. Após ser contida, ela foi encaminhada à autoridade policial, onde prestou depoimento e foi liberada na mesma noite. O advogado da manifestante, Dr. Gabriel Brum, destacou que Thabata é indígena da etnia Borun Xonin.

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O vídeo que registra o momento da pichação circula nas redes sociais e mostra Thabata realizando o ato enquanto outros manifestantes protestavam pacificamente. O autor das imagens, conhecido como Fala Panza, afirmou que a ação foi isolada e que os demais participantes não perceberam o que estava acontecendo.

A manifestação foi organizada por movimentos sociais e partidos de esquerda, que levantaram cartazes com frases como “sem anistia” e “não à impunidade”, em referência ao PL da Dosimetria, que pode beneficiar figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos na tentativa de golpe.

Além do foco principal, os manifestantes também se opuseram à privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e expressaram apoio ao deputado federal Glauber Braga (PSOL), que teve seu mandato suspenso por seis meses.

De acordo com a legislação municipal, a pichação é considerada uma infração administrativa, sujeita a multa e responsabilização criminal. O caso de Thabata será investigado na esfera criminal, e as consequências legais do ato de vandalismo ainda estão por ser definidas.

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