Os empresários do setor mostram otimismo com as vendas de fim de ano, refletindo em alta no índice de confiança.
27 de Novembro de 2024 às 13h24

Confiança do comércio cresce 1,4% em novembro, segundo dados da CNC

Os empresários do setor mostram otimismo com as vendas de fim de ano, refletindo em alta no índice de confiança.

A confiança dos comerciantes brasileiros apresentou um aumento de 1,4% em novembro, em relação ao mês anterior, conforme divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Este é o segundo mês consecutivo de alta, com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) alcançando 113,5 pontos, permanecendo acima da zona de satisfação, que é de 100 pontos. Comparado ao mesmo mês do ano anterior, o índice também registrou uma elevação de 2,9%.

Os dados indicam que os empresários estão mais otimistas em relação ao desempenho das vendas, especialmente com a proximidade das festas de fim de ano. A CNC aponta que esse otimismo é um reflexo das expectativas positivas em torno da economia, que pode ser impulsionada pelas compras de Natal.

Na análise dos componentes do Icec, todos apresentaram crescimento em novembro. O componente que avalia as condições atuais teve um aumento de 0,8%, atingindo 85,7 pontos. Esse crescimento se deve, em parte, a melhorias nos itens relacionados à economia (2,0%), à empresa (0,5%) e ao setor (0,2%). Além disso, o componente de expectativas subiu 2,7%, alcançando 145,7 pontos, com destaque para a melhora nos quesitos economia (4,4%), setor (2,6%) e empresa (1,3%).

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O componente que mede as intenções de investimento também mostrou um leve crescimento de 0,1%, indo para 108,9 pontos. Observou-se um avanço na intenção de contratação de funcionários (0,8%), embora tenha havido uma queda nos estoques (-0,6%) e nos investimentos na empresa (-0,1%).

Apesar das pressões inflacionárias e das altas taxas de juros que continuam a desafiar o cenário econômico, a CNC destaca que o otimismo em relação aos próximos meses está levando os comerciantes a aumentar a contratação de trabalhadores temporários. O índice de intenção de contratação de temporários subiu para 131,3 pontos em novembro, o maior nível desde dezembro de 2022.

O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, enfatizou que “esse resultado reflete uma percepção mais positiva dos consumidores sobre o futuro do mercado de trabalho”, ressaltando que essa mudança é um dos principais fatores que influenciam o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), também divulgado pela entidade.

Ao analisar os segmentos do comércio, a confiança aumentou de forma mais acentuada nos bens não duráveis, que incluem supermercados, farmácias e perfumarias, com um crescimento de 2,3%. Já os bens semiduráveis, como roupas e calçados, registraram uma alta de 1,2%. Por outro lado, o segmento de bens duráveis, que abrange produtos de maior valor, como eletrodomésticos e veículos, apresentou uma queda de 0,3%, evidenciando a vulnerabilidade desses itens diante do atual ciclo de alta na taxa Selic.

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