Confiança do consumidor brasileiro atinge maior nível em mais de uma década, revela FGV
Em novembro, índice de confiança do consumidor subiu para 95,6 pontos, o maior desde abril de 2014, segundo a FGV.
A confiança do consumidor no Brasil alcançou um patamar histórico em novembro, atingindo o maior índice registrado nos últimos dez anos. Os dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgados nesta segunda-feira (25), mostram que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,6 pontos, totalizando 95,6 pontos, o nível mais alto desde abril de 2014, quando o índice marcou 96,6 pontos.
Segundo Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre, a alta da confiança reflete uma trajetória ascendente que começou em junho deste ano, embora tenha sofrido uma interrupção em outubro. A melhora nas expectativas para os próximos meses, que se estende por diferentes faixas de renda, é um dos principais fatores que impulsionaram esse crescimento.
No mesmo mês, o Índice de Expectativas (IE) também apresentou uma elevação significativa, subindo 3,7 pontos e alcançando 103,4 pontos, o maior índice desde setembro de 2023, que registrou 103,9 pontos. Essa alta indica uma percepção mais otimista dos consumidores em relação à situação econômica futura.
Além disso, o Índice de Situação Atual (ISA) teve um aumento de 0,6 ponto, atingindo 84,3 pontos, mantendo-se próximo ao maior nível desde dezembro de 2014, que foi de 86,8 pontos. Esses resultados demonstram uma recuperação na percepção sobre a situação financeira atual dos consumidores.
Um dos componentes que mais contribuiu para o aumento da confiança foi o indicador que mede o ímpeto de compras de bens duráveis. A melhora nos indicadores que avaliam a situação financeira presente e futura dos consumidores também desempenhou um papel importante nesse crescimento, conforme ressaltou Gouveia.
Ela destacou que esse cenário reflete uma percepção mais positiva dos orçamentos familiares, que têm sido beneficiados por sinais favoráveis no mercado de trabalho e na atividade econômica em geral. Essa combinação de fatores está gerando uma expectativa de melhor desempenho econômico nos próximos meses, o que pode sustentar essa tendência de alta na confiança do consumidor.
A continuidade dessa recuperação dependerá de diversos fatores, incluindo a evolução do mercado de trabalho, a inflação e as políticas econômicas adotadas pelo governo. O cenário global e as expectativas em relação à economia brasileira serão fundamentais para determinar a confiança dos consumidores nos próximos meses.
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