Autoridade americana afirma que Ucrânia precisa aumentar número de soldados para enfrentar avanços russos no leste
27 de Novembro de 2024 às 20h33

EUA sugerem à Ucrânia redução da idade de convocação militar para 18 anos

Autoridade americana afirma que Ucrânia precisa aumentar número de soldados para enfrentar avanços russos no leste

Uma autoridade sênior da administração dos Estados Unidos sugeriu que a Ucrânia considere a redução da idade mínima para convocação ao serviço militar para 18 anos. A recomendação ocorre em meio à pressão para que Kiev reforce suas forças armadas diante do avanço russo na guerra que se intensificou desde 2022.

Durante uma coletiva de imprensa, a autoridade destacou que a Ucrânia não está mobilizando ou treinando soldados novos em quantidade suficiente para substituir as perdas enfrentadas no campo de batalha. "A necessidade no momento é de pessoal", afirmou, acrescentando que as forças russas estão conquistando terreno no leste da Ucrânia, com uma progressão que não se via desde os primeiros dias da invasão.

Segundo analistas e blogueiros de guerra, as tropas russas conseguiram avançar e tomar uma área equivalente a metade de Londres no último mês. Essa situação alarmante levou o governo dos EUA a reforçar a urgência de uma mobilização mais ampla na Ucrânia.

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Em abril, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky já havia assinado uma legislação que diminuía a idade de mobilização para 25 anos, uma medida que visava aumentar o número de civis disponíveis para lutar sob a lei marcial, em vigor desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.

O apoio do governo do presidente Joe Biden à Ucrânia tem sido firme, mas há preocupações sobre a continuidade dessa assistência com a possível ascensão de Donald Trump ao cargo em janeiro. Trump designou Keith Kellogg, um tenente-general aposentado, para atuar como enviado especial para a questão ucraniana, o que levanta dúvidas sobre o futuro da política americana em relação à guerra.

Os desdobramentos dessa situação exigem atenção internacional, pois a dinâmica de poder na região pode mudar rapidamente, afetando não apenas a Ucrânia, mas também as relações entre os Estados Unidos e a Rússia.

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