Ministro alemão destaca aumento do apoio militar europeu à Ucrânia diante da incerteza americana
Após reuniões com líderes europeus, ministro da Defesa da Alemanha reafirma compromisso de fortalecer a defesa da Ucrânia em meio a tensões políticas nos EUA.
O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, anunciou nesta segunda-feira (25) que os países europeus intensificarão o apoio militar à Ucrânia. A declaração foi feita em Berlim, após uma série de reuniões com seus homólogos do Reino Unido, França, Itália e Polônia, onde discutiram estratégias para fortalecer os esforços de defesa de Kiev, especialmente com a expectativa do retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
Pistorius enfatizou que o objetivo deve ser permitir que a Ucrânia atue a partir de uma posição de força. Ele acredita que o fortalecimento do apoio militar europeu é crucial, especialmente considerando a possibilidade de uma redução na ajuda americana, que até agora tem sido a maior fonte de suporte para o país em conflito.
A eleição de Trump, que expressou ceticismo em relação ao apoio dos EUA à Ucrânia, elevou a pressão sobre os países europeus para que assumam um papel mais ativo na defesa de Kiev. “A Europa precisa coordenar seus esforços e se preparar para ser um parceiro forte dos Estados Unidos”, disse Pistorius, ressaltando a importância de um aumento nos gastos com segurança e uma conscientização sobre os desafios atuais enfrentados pelo continente.
Além disso, uma nova missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que será instalada em Wiesbaden, na Alemanha, assumirá a coordenação da ajuda militar ocidental para a Ucrânia a partir de janeiro. Essa mudança já era esperada há meses e visa garantir que a assistência militar ocidental não seja afetada por possíveis mudanças na política americana.
A nova missão, chamada de Assistência e Treinamento de Segurança da Otan para a Ucrânia (NSATU), é vista como uma estratégia para proteger o mecanismo de ajuda contra qualquer interferência que possa surgir de um governo liderado por Trump. O estabelecimento dessa missão é um passo significativo para solidificar o compromisso da Europa com a segurança da Ucrânia em tempos de incerteza política.
O ministro da Defesa da Polônia, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, endossou as declarações de Pistorius, afirmando que a Europa deve elevar seus esforços para ajudar a Ucrânia e garantir sua própria segurança. Ele alertou que, sem um aumento significativo nos gastos e uma conscientização em cada sociedade europeia sobre os tempos difíceis que enfrentam, os esforços de ajuda seriam insuficientes.
A situação na Ucrânia continua a demandar atenção internacional, e o fortalecimento do apoio europeu é visto como uma medida necessária para enfrentar as crescentes ameaças e garantir a estabilidade na região.
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