Clínica Maná Day operava sem licença sanitária e foi interditada após morte de paciente
Estabelecimento foi fechado pela Prefeitura de São Paulo após a morte de Paloma Alves durante procedimento estético
A clínica de estética Maná Day, localizada na Avenida Conselheiro Carrão, em São Paulo, foi interditada pela Prefeitura após a morte de Paloma Lopes Alves, de 31 anos. A administração municipal afirmou que o estabelecimento não possuía licença sanitária para operar, o que configura atividade irregular.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, uma equipe da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) visitou o local na manhã do dia 27 de novembro e encontrou a clínica fechada. A nota oficial destaca que "não foi identificada Licença Sanitária junto à vigilância sanitária municipal ou mesmo solicitação de licenciamento sanitário protocolado".
Paloma faleceu na tarde do dia 26 de novembro, após se submeter a um procedimento de hidrolipo, destinado à remoção de gordura localizada. Segundo relatos, a paciente passou mal durante o procedimento e não recebeu as manobras de reanimação adequadas pela equipe da clínica.
O médico responsável pelo procedimento, Josias Caetano dos Santos, não é sócio ou proprietário da clínica, conforme informações disponíveis. Seu advogado defende que todos os equipamentos necessários estavam presentes no local, e que a irregularidade administrativa da clínica não teria relação direta com a morte de Paloma.
A Prefeitura também informou que outro estabelecimento, SB7 Intermediadora de Serviços Médicos Ltda., situado no mesmo endereço, também não possui licença sanitária, funcionando apenas com um Auto de Licença de Funcionamento para consultas ambulatoriais.
Após o incidente, a clínica foi autuada e interditada, e a Polícia Civil abriu uma investigação para esclarecer as circunstâncias da morte de Paloma. O marido da vítima, Everton Lopes, relatou que a empresária pagou cerca de R$ 10 mil pelo procedimento e que, segundo ele, não recebeu os cuidados adequados durante a emergência.
A Secretaria de Saúde expressou suas condolências à família da vítima e informou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado rapidamente, mas não foi possível reverter a situação. Os profissionais chegaram ao local 26 minutos após o chamado e, ao chegarem ao hospital, Paloma já estava sem vida.
O caso levanta preocupações sobre a regulamentação e fiscalização de clínicas de estética, especialmente em relação à segurança dos procedimentos realizados. A população está atenta às investigações em andamento e espera por respostas sobre as responsabilidades e as condições de funcionamento da clínica Maná Day.
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