O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apoiou a proposta de trégua, que deve ser votada na próxima reunião do governo israelense.
25 de Novembro de 2024 às 17h33

Governo de Israel se prepara para votar cessar-fogo com o Hezbollah na próxima terça-feira

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apoiou a proposta de trégua, que deve ser votada na próxima reunião do governo israelense.

O governo de Israel se reunirá na próxima terça-feira, 26 de novembro de 2024, para deliberar sobre uma proposta de cessar-fogo no Líbano, que visa encerrar o conflito com o Hezbollah. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, do partido Likud, deu seu aval à trégua, conforme informado por autoridades do gabinete.

Fontes próximas ao governo libanês indicam que este já foi notificado sobre os avanços nas negociações. O vice-presidente do Parlamento libanês, Elias Bou Saab, afirmou que "não havia mais obstáculos sérios" para que o acordo fosse concretizado.

De acordo com informações de autoridades libanesas, a principal consequência do acordo será a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, acompanhada pelo envio de soldados libaneses para a fronteira. As medidas propostas teriam um prazo de 60 dias para serem implementadas.

Além disso, um comitê composto por cinco países, incluindo Estados Unidos e França, será estabelecido para monitorar o cumprimento do acordo e a retirada das tropas. Apesar do avanço nas conversas, os detalhes do tratado ainda não foram divulgados amplamente, embora se saiba que o texto já foi discutido e aprovado em princípio por Netanyahu.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

A reação à proposta dentro do governo israelense é mista. Enquanto alguns políticos, mais alinhados a Netanyahu, defendem a continuidade dos ataques, outros, como o ministro da Agricultura, Avi Dichter, reconhecem a necessidade de um cessar-fogo na região.

O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, expressou sua oposição à negociação, considerando-a um "grande erro" e afirmando que Israel deveria buscar a vitória militar. Ele chegou a dizer que "não é tarde demais para impedir este acordo" em uma publicação nas redes sociais.

Apesar do avanço nas negociações para a trégua, as Forças de Defesa de Israel (IDF) continuam a realizar ataques em áreas com alta concentração civil no Líbano. Recentemente, um ataque a Beirute resultou na morte de 11 pessoas e deixou 33 feridos, segundo relatos locais.

Em resposta, o Hezbollah lançou um ataque com 340 mísseis em direção a Israel, embora não tenha causado grandes danos. A situação permanece tensa, com a expectativa de que a votação do governo israelense possa trazer novas esperanças de paz na região.

Veja também:

Tópicos: