Hezbollah reivindica ataque a posição militar de Israel após trégua em vigor
O grupo libanês Hezbollah anunciou a responsabilidade pelo primeiro ataque contra Israel desde o início do cessar-fogo.
O Hezbollah, grupo militante libanês, reivindicou nesta segunda-feira (2) a responsabilidade pelo primeiro ataque a uma posição militar israelense desde que um cessar-fogo entrou em vigor em 27 de novembro. Em um comunicado, a formação pró-iraniana afirmou ter atacado uma base nas “colinas ocupadas de Kfar Shouba”, território que o Líbano considera parte de sua soberania.
As forças israelenses confirmaram que dois projéteis foram disparados contra suas posições, mas não especificaram se houve danos ou feridos. Este ataque ocorre em meio a um clima de crescente tensão entre os dois países, que têm trocado acusações de violações do acordo de cessar-fogo.
A trégua, estabelecida após meses de bombardeios israelenses que causaram destruição significativa no sul do Líbano, havia trazido um alívio temporário à população local, que viveu sob constante ameaça de conflitos armados. Nos últimos dias, no entanto, as hostilidades vêm ressurgindo, com ambos os lados relatando incidentes que indicam uma violação do acordo.
A situação se agrava com o recente ataque israelense que deixou dois mortos no sul do Líbano, levando o governo libanês a acusar Israel de violar o cessar-fogo. As autoridades libanesas informaram que os ataques israelenses visavam veículos militares próximos a uma base do Hezbollah, em Bekaa, e também foram registrados ataques a locais de transferência de armas na fronteira com a Síria.
O Ministério da Saúde do Líbano confirmou as mortes em decorrência dos ataques aéreos e citou feridos em diversas localidades. A segurança do Estado libanês classificou os ataques como uma “violação flagrante” da trégua, ressaltando a gravidade da situação.
O Hezbollah, que tem laços estreitos com o Irã, continua a desafiar Israel, embora a expectativa seja que o cessar-fogo sirva como um passo para uma paz mais duradoura na região. No entanto, a guerra em Gaza permanece ativa, com Israel combatendo o Hamas e buscando recuperar reféns sequestrados durante os confrontos de outubro de 2023.
A escalada de ataques e a troca de acusações entre Israel e Líbano evidenciam que a paz na região ainda é frágil, e a continuidade dos conflitos pode resultar em consequências devastadoras para a população civil, que já sofreu com os efeitos do combate nos últimos meses.
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