Bashar al Assad anuncia uso da força para erradicar terrorismo na Síria
O presidente sírio, Bashar al Assad, afirmou que usará a força para eliminar o terrorismo após ofensiva de grupos rebeldes.
O presidente da Síria, Bashar al Assad, declarou neste domingo (1º) que recorrerá à força para erradicar o terrorismo em seu país. A promessa foi feita após uma ofensiva relâmpago de grupos rebeldes, predominantemente islamistas, que desafiaram o governo sírio.
Durante uma conversa telefônica com uma autoridade da Abkhazia, região separatista da Geórgia, Assad afirmou: “O terrorismo só entende a linguagem da força, e é com esta linguagem que vamos acabar com ele e eliminá-lo, quaisquer que sejam seus apoiadores e promotores”. Essas declarações foram divulgadas pela agência de notícias oficial Sana.
A situação na Síria se agravou nas últimas semanas, com a perda de controle do governo sobre Aleppo, a segunda maior cidade do país. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, o grupo Hayat Tahrir al Sham, uma facção associada à Al Qaeda, e outras forças rebeldes conseguiram dominar a cidade, exceto por áreas sob controle das forças curdas.
Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório, destacou que “pela primeira vez desde o início do conflito, a cidade de Aleppo sai do controle das forças do regime sírio”. Esta mudança significativa no controle territorial representa um duro golpe para Assad, que tem enfrentado a resistência de diversas facções armadas desde o início da guerra civil em 2011.
A ofensiva dos rebeldes, que começou na quarta-feira anterior, foi uma tentativa coordenada de desestabilizar ainda mais o regime de Assad, que conta com o apoio militar da Rússia e do Irã. A escalada do conflito levanta preocupações sobre a possibilidade de uma nova onda de violência na região, afetando ainda mais a população civil que já sofre com anos de guerra.
Analistas acreditam que a resposta de Assad pode intensificar os combates, já que o presidente sírio tem um histórico de reações fortes a desafios à sua autoridade. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, considerando as implicações para a segurança regional e a estabilidade da Síria.
Veja também: