Assad deixa Damasco enquanto rebeldes avançam e tomam o controle da capital síria
O presidente sírio Bashar al-Assad teria embarcado em um avião e deixado a capital, Damasco, em meio à ofensiva rebelde.
O presidente da Síria, Bashar al-Assad, embarcou em um avião e deixou Damasco, conforme relataram dois oficiais superiores do exército sírio. Essa movimentação ocorre em um contexto de crescente pressão sobre o governo, com forças rebeldes avançando e tomando o controle de áreas estratégicas da capital.
As informações indicam que Assad partiu em um momento crítico, quando a cidade está sob cerco e os rebeldes afirmam ter entrado na capital sem resistência significativa das forças armadas. Testemunhas relataram aglomerações nas ruas, com civis celebrando e clamando por “Liberdade”.
Os rebeldes, que recentemente conquistaram a cidade de Homs, estão intensificando seus esforços para desmantelar o regime de Assad, que está no poder há 24 anos. A ofensiva, que se intensificou nos últimos dias, é liderada pelo movimento extremista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que tem avançado a partir do norte do país.
Em declarações à imprensa, Hadi al-Bahra, líder da oposição síria no exterior, afirmou que a situação em Damasco mudou drasticamente e que o governo de Assad está em um ponto crítico. “Damasco está agora sem Bashar al-Assad”, disse ele, refletindo a incerteza sobre o futuro do presidente sírio.
Enquanto isso, o governo sírio tenta controlar a narrativa, acusando os insurgentes de disseminar informações falsas para desestabilizar a população. O ministro do Interior garantiu que há um “cordão militar” em funcionamento para proteger a capital, embora não haja informações sobre o paradeiro de Assad desde sua partida.
A situação em Damasco é tensa, com relatos de tiroteios e a presença de forças rebeldes nas ruas. A comunidade internacional observa atentamente a evolução do conflito, que pode resultar em mudanças drásticas no cenário político da Síria.
O HTS, que surgiu como uma filial da Al Qaeda, tem sido um dos principais grupos a desafiar o governo sírio. Com a queda de Homs e outros avanços territoriais, os rebeldes estão cada vez mais próximos de consolidar seu controle sobre a capital.
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