Insurgentes afirmam que cercam a capital síria após conquistas na província de Daraa; governo desmente retirada de tropas.
07 de Dezembro de 2024 às 11h49

Conflito na Síria: Rebeldes se aproximam de Damasco enquanto governo nega recuos

Insurgentes afirmam que cercam a capital síria após conquistas na província de Daraa; governo desmente retirada de tropas.

Os rebeldes sírios estão a apenas 20 quilômetros de Damasco, com a recente tomada do controle da província de Daraa. O comandante da coalizão rebelde, Hassan Abdel Ghani, declarou que “nossas forças começaram a fase final do cerco à capital”. As afirmações foram corroboradas por fontes locais e pela ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Os insurgentes, liderados pelo grupo islamista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), anunciaram o início do cerco na manhã deste sábado. Segundo os rebeldes, o domínio sobre cidades estratégicas nas proximidades da capital é um passo decisivo em sua ofensiva. “Damasco aguarda por vocês”, disse o líder Ahmed al-Sharaa em um comunicado direcionado aos combatentes, enfatizando a urgência da ação.

Entretanto, o governo sírio refutou as alegações de recuo. O Ministério da Defesa afirmou que as Forças Armadas continuam presentes em todas as áreas de Damasco e que as informações sobre uma retirada não têm fundamento. Essa posição foi reafirmada em um comunicado oficial, que buscou tranquilizar a população e demonstrar a continuidade da resistência governamental.

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De acordo com o OSDH, houve movimentações do exército em localidades a cerca de 10 quilômetros ao sudoeste da capital, mas o governo nega que isso signifique uma retirada efetiva. O cenário de confrontos intensificados na região levanta preocupações sobre a segurança dos civis e a possibilidade de um novo aumento no fluxo de deslocados internos.

A situação em Daraa, que hoje está sob controle dos rebeldes, tem gerado tensões não apenas em Damasco, mas em todo o território sírio, onde a luta pelo poder se intensifica. A província é considerada um ponto estratégico, e sua perda para os insurgentes representa uma significativa derrota para o governo de Bashar al-Assad.

As operações militares na região têm atraído a atenção internacional, com diversas nações monitorando os desdobramentos. O impacto humanitário do conflito é uma preocupação crescente, uma vez que o aumento da violência pode levar a mais crises humanitárias em um país que já enfrenta sérias dificuldades.

Os próximos dias serão cruciais para o desenrolar da situação. Tanto o governo quanto os rebeldes estão em um jogo delicado de poder, e o resultado das operações em andamento poderá definir o futuro da capital e da Síria como um todo.

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