Bashar al-Assad e sua família recebem asilo na Rússia após queda em Damasco
Após o avanço de forças rebeldes, Assad e sua família teriam encontrado abrigo em Moscou, segundo fontes russas.
O presidente deposto da Síria, Bashar al-Assad, e sua família estão em Moscou, onde teriam recebido asilo político do governo russo. A informação foi divulgada por agências de notícias russas na noite deste domingo (8), citando fontes do Kremlin.
O ex-líder sírio, que governou o país por 24 anos, deixou Damasco após uma ofensiva de rebeldes que acabou por tomar a capital. Fontes afirmam que a Rússia concedeu asilo a Assad e sua família por razões humanitárias, em um momento em que sua permanência na Síria se tornava insustentável.
Relatos indicam que Assad teria deixado a Síria em um voo que não foi rastreado, logo antes da chegada dos rebeldes à capital. Este movimento ocorre em meio a um cenário de instabilidade e incerteza política no país, que há mais de uma década é palco de uma violenta guerra civil.
O Kremlin, que historicamente tem sido um dos principais aliados de Assad, confirmou que ele havia deixado a Síria, mas não divulgou detalhes sobre seu paradeiro imediato até a confirmação de sua chegada em Moscou.
Antes de sua fuga, a última aparição pública de Assad ocorreu há uma semana, quando a situação em Damasco já se mostrava crítica. Após a tomada de controle dos rebeldes em várias regiões, incluindo a estratégica cidade de Aleppo, o clima de tensão aumentou, levando a uma rápida desintegração de sua autoridade.
Fontes internacionais também relataram que a situação em Damasco é caótica, com testemunhas afirmando que a população se reuniu em protesto, clamando por liberdade após a queda do regime de Assad. Em uma transmissão ao vivo, líderes rebeldes celebraram o que chamaram de “libertação” e prometeram restaurar os direitos dos cidadãos que foram oprimidos durante o governo de Assad.
A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos na Síria, com o secretário-geral da ONU, António Guterres, classificando o momento como uma “oportunidade histórica para um futuro pacífico e estável” após anos de conflito e repressão.
Analistas apontam que a queda de Assad pode resultar em um vácuo de poder, com implicações significativas para a segurança regional, especialmente com a presença de grupos extremistas que podem tentar ocupar esse espaço. A situação continua a evoluir, e os próximos dias serão cruciais para determinar o futuro da Síria e de sua população.
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