Israel realiza ataques aéreos em depósitos de armas na Síria após queda de al-Assad
As forças israelenses atacaram alvos estratégicos na Síria, incluindo armas químicas, após a derrubada do regime de Bashar al-Assad.
Na madrugada de domingo, 8 de dezembro de 2024, as Forças de Defesa de Israel (IDF) realizaram uma série de ataques aéreos em depósitos e postos militares na Síria. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, afirmou que os alvos eram sistemas de armas estratégicas, incluindo armas químicas e foguetes de longo alcance.
Saar declarou à imprensa que as IDF tomariam “controle temporário de áreas estratégicas perto da fronteira” para evitar que armas caíssem em mãos extremistas. “É fundamental que intervenhamos para prevenir um cenário semelhante ao ataque ocorrido em 7 de outubro pela Síria”, enfatizou o ministro.
Os ataques ocorreram logo após a queda do regime de Bashar al-Assad, que foi deposto por forças rebeldes. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, as operações israelenses atingiram províncias importantes, como Latakia, Tartus, Tal al-Hara e Izraa, na província de Daraa.
Gideon Saar expressou preocupação com o destino das armas, mencionando que elas “poderiam cair nas mãos de extremistas”, o que representa um risco significativo para a segurança da região. O ministro também manifestou preocupação com as minorias sírias, incluindo curdos, drusos, cristãos e alauítas, que podem ser afetadas pela instabilidade política.
O ministro israelense comentou que a derrubada de al-Assad não foi uma surpresa, uma vez que “ele se apoiou por muito tempo em forças estrangeiras em vez do apoio de seu próprio povo”. Essa mudança de poder na Síria gera um novo cenário de insegurança que Israel está monitorando de perto.
As ações de Israel são justificadas, segundo Saar, pela necessidade de proteger a segurança do país e de seus cidadãos, diante da nova configuração política na Síria. “A única coisa que nos interessa é a segurança de Israel e de seus cidadãos”, reiterou o ministro durante a coletiva de imprensa.
Além dos ataques aéreos, Israel também decidiu assumir o controle da zona desmilitarizada nas Colinas de Golã, um território sírio ocupado e anexado por Israel. A situação na região continua a ser tensa, com a possibilidade de novos confrontos à medida que as forças rebeldes consolidam seu poder.
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