A ajuda militar, divulgada por Antony Blinken, visa fortalecer a defesa ucraniana antes da posse de Trump.
02 de Dezembro de 2024 às 23h32

EUA anunciam novo pacote de US$ 725 milhões em armamentos para a Ucrânia

A ajuda militar, divulgada por Antony Blinken, visa fortalecer a defesa ucraniana antes da posse de Trump.

Os Estados Unidos confirmaram, nesta segunda-feira (2), o envio de um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, no valor de US$ 725 milhões. A informação foi divulgada pelo secretário de Estado, Antony Blinken, que destacou a importância desse apoio em um momento crucial para Kiev, que enfrenta a agressão russa.

A nova assistência inclui uma variedade de armamentos, como mísseis Stinger, munições para os Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS), drones e minas terrestres. Segundo Blinken, “os Estados Unidos estão comprometidos em garantir que a Ucrânia tenha as capacidades necessárias para se defender contra a agressão russa”.

Esse anúncio ocorre em um contexto em que a administração do presidente Joe Biden busca acelerar o envio de ajuda militar à Ucrânia, especialmente com a proximidade da posse do presidente eleito Donald Trump, marcada para 20 de janeiro. Blinken afirmou que a decisão reflete a união de mais de 50 nações em apoio à Ucrânia.

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O novo pacote faz parte de um esforço mais amplo, que já resultou em um total de US$ 7,9 bilhões em assistência militar aprovada por Biden em setembro. Desde o início do conflito, os Estados Unidos se destacam como o maior fornecedor de ajuda à Ucrânia, com um total de aproximadamente US$ 84,7 bilhões doados, dos quais cerca de US$ 56,8 bilhões foram destinados a apoio militar.

No entanto, a decisão de incluir minas terrestres na assistência gerou controvérsias, com organizações de direitos humanos alertando sobre os riscos que esses dispositivos representam para civis, mesmo após o fim dos conflitos. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, justificou a medida, afirmando que as forças russas têm operado com unidades de infantaria, o que torna as minas uma resposta estratégica.

Jake Sullivan, assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, mencionou que, até o final de janeiro, os EUA pretendem gastar até US$ 6 bilhões em apoio à Ucrânia, incluindo veículos blindados e munições. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, reforçou a necessidade de garantias de segurança da OTAN e de mais armamentos para o país.

O clima de incerteza em torno do futuro apoio dos Estados Unidos à Ucrânia, especialmente com as declarações de Trump sobre o país, tem gerado preocupações tanto em Kiev quanto na Europa. A continuação do suporte militar americano se torna uma questão crítica para a defesa da Ucrânia nesta fase delicada do conflito.

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