Proposta prevê economia de R$ 70 bilhões em dois anos, mas não inclui reforma da Previdência dos militares
03 de Dezembro de 2024 às 06h19

Governo encaminha PEC de contenção de gastos ao Congresso, mas deixa militares de fora

Proposta prevê economia de R$ 70 bilhões em dois anos, mas não inclui reforma da Previdência dos militares

O governo federal apresentou na noite desta segunda-feira (2) ao Congresso Nacional a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) voltada para a contenção de gastos públicos. A medida, que visa um ajuste fiscal significativo, pretende gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, conforme anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A PEC foi discutida em uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus principais ministros, onde foram abordadas as diretrizes para a administração pública. Embora a proposta de contenção de despesas tenha sido bem recebida, a questão da reforma da Previdência dos militares ficou pendente, gerando expectativas sobre a apresentação de um projeto separado para tratar do assunto.

Os líderes das Forças Armadas, que participaram da discussão, solicitaram uma transição mais gradual para a implementação de uma idade mínima de 55 anos para a aposentadoria, argumentando que as novas regras poderiam levar alguns militares a permanecer em atividade por até sete anos a mais do que o previsto atualmente.

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Além de alterar as diretrizes do abono salarial, a PEC também inclui modificações no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU). Essas medidas fazem parte de um esforço mais amplo para equilibrar as contas públicas e garantir a sustentabilidade fiscal do país.

Na reunião, estiveram presentes outros ministros, como Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), além de senadores e deputados que compõem a base governista. O governo espera que a aprovação da PEC contribua para um melhor equilíbrio nas contas públicas e, ao mesmo tempo, atenda às demandas sociais.

A proposta agora seguirá para análise das comissões da Câmara dos Deputados, onde passará por um processo de votação que requer a aprovação em dois turnos, tanto na Câmara quanto no Senado. A expectativa é que o governo consiga a aprovação ainda este ano, a fim de cumprir as metas fiscais estabelecidas.

Enquanto isso, a questão da aposentadoria dos militares continua sem definição, o que pode gerar tensões entre o governo e as Forças Armadas. Os militares aguardam ansiosamente por uma proposta que considere suas demandas e que não comprometa suas promoções e benefícios.

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