Avaliação negativa do presidente é a mesma do início do mandato, segundo pesquisa
04 de Dezembro de 2024 às 08h56

Reprovação de Lula no mercado financeiro aumenta de 64% em março para 90% agora

Avaliação negativa do presidente é a mesma do início do mandato, segundo pesquisa

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada na quarta-feira, 4, revela um aumento significativo na reprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que saltou de 64% em março para 90% neste levantamento. Essa marca representa um retorno ao cenário do início de seu mandato, quando a avaliação negativa do governo também era elevada entre profissionais do mercado financeiro.

A pesquisa, realizada entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro, capturou a reação negativa do mercado em relação ao pacote de ajuste fiscal anunciado na semana anterior. Foram entrevistados 105 gestores, economistas e operadores de fundos de investimento, com sede em São Paulo e Rio de Janeiro.

Além do aumento na reprovação, a avaliação regular do governo Lula despencou de 30% para apenas 7%, enquanto a aprovação caiu de 6% para 3%. Esses números indicam um descontentamento crescente entre os profissionais do setor financeiro.

O levantamento também apontou uma piora na avaliação do desempenho do Congresso, que agora enfrenta uma reprovação de 41%, comparado aos 17% registrados em novembro do ano anterior, quando essa questão foi incluída na pesquisa pela última vez.

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Em relação à política, 65% dos entrevistados acreditam que Davi Alcolumbre (União-AP), caso seja eleito presidente do Senado, terá uma postura de maior oposição ao governo do que o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Por outro lado, na Câmara dos Deputados, 63% dos profissionais veem Hugo Motta (Republicanos-PB) como uma figura mais alinhada ao governo do que Arthur Lira (PP-AL).

Acerca das eleições de 2026, 70% dos entrevistados apostam que Lula tentará a reeleição, mas 66% não o consideram como favorito para o pleito. Com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, mais da metade (55%) acredita que ele será preso, enquanto 78% dos participantes apontam Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, como o candidato ideal da direita para a corrida presidencial.

Se Lula não se candidatar, 82% dos entrevistados acreditam que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deverá ser o candidato da esquerda. Em termos de confiança em líderes políticos, Lula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, obtiveram os piores resultados, com 97% dos entrevistados afirmando não confiar ou confiar pouco no presidente.

Por outro lado, Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, é o mais bem avaliado, com 70% de confiança entre os participantes. No entanto, 55% dos entrevistados expressaram desconfiança em relação a Gabriel Galípolo, que assumirá a presidência do BC em janeiro.

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