Troca na presidência da Petrobras gera queda nas ações da estatal e mudanças no conselho
Mudança no comando da Petrobras envolve novos nomes ligados ao governo Lula; ações da empresa caem após anúncio.
O governo federal anunciou a troca na presidência do conselho de administração da Petrobras, resultando em uma queda nas ações da estatal. O atual presidente, Pietro Mendes, que é próximo do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, será indicado para a Agência Nacional do Petróleo (ANP), abrindo espaço para o conselheiro Bruno Moretti, atualmente secretário de Análise Governamental do Ministério da Casa Civil, liderado por Rui Costa.
Após a divulgação da mudança, as ações da Petrobras recuaram aproximadamente 1,36%, refletindo a inquietação do mercado com a nova composição do conselho. A expectativa é que Moretti, que já possui forte ligação com o governo, venha a implementar uma gestão alinhada às diretrizes do atual governo federal.
Além de Moretti, o governo também indicará o advogado Benjamin Alves Rabello para a vaga deixada por Mendes no conselho. Rabello, que já havia sido indicado anteriormente, não obteve votos suficientes na assembleia geral da Petrobras, mas agora pode ter uma nova chance devido à mudança de cenário.
As movimentações no alto escalão da Petrobras são vistas como parte de uma estratégia do governo para fortalecer o controle sobre a estatal, especialmente em um momento em que a empresa enfrenta desafios e críticas relacionadas à sua governança e à transparência em suas operações.
A nomeação de Mendes para a ANP também levanta questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse, dado seu histórico na presidência do conselho da Petrobras. A mudança busca evitar qualquer percepção de que as decisões da companhia possam ser influenciadas por interesses pessoais.
Com a saída de Mendes, o governo planeja manter a estrutura de poder dentro do conselho, onde seis dos onze membros são indicados pelo governo. A expectativa é que a nova composição traga mais estabilidade à empresa, embora a oposição interna ainda possa representar um desafio.
O cenário atual na Petrobras reflete um alinhamento das forças políticas e econômicas, enquanto o governo Lula busca garantir que suas diretrizes sejam seguidas à risca. Com as novas indicações, a expectativa é que a estatal se posicione de maneira mais assertiva no mercado, buscando atender tanto aos interesses do governo quanto dos acionistas.
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