Polícia Militar realiza operação no Quitungo para combater facções rivais; três detidos
Ação ocorre após a morte do sargento Marco Antônio Matheus Maia na comunidade, intensificando a tensão na região.
A Polícia Militar (PM) desencadeou, nesta quinta-feira, uma operação no Morro do Quitungo, situado em Brás de Pina, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como objetivo coibir a crescente disputa territorial entre facções criminosas, especificamente entre o Comando Vermelho (CV) e o Terceiro Comando Puro (TCP), que têm se enfrentado em confrontos violentos que resultam em mortes e caos na região.
As equipes do 16º BPM (Olaria) e do 41º BPM (Irajá) foram mobilizadas para a ação, que acontece apenas dois dias após a morte do sargento da PM, Marco Antônio Matheus Maia, de 37 anos. O agente, que estava de folga, foi assassinado quando trafegava pela área, tendo seu veículo lançado ladeira abaixo por traficantes que o reconheceram.
Durante a operação, a polícia conseguiu prender três suspeitos e apreender uma pistola, um radiotransmissor e entorpecentes. As autoridades informaram que a ocorrência foi encaminhada para a 38ª DP (Brás de Pina). Apesar do reforço policial, não foram registrados novos confrontos na região até o momento.
A tensão na área tem se intensificado nos últimos meses, com constantes tentativas de invasão por parte dos traficantes do TCP ao Complexo de Israel, que abriga comunidades como Parada de Lucas e Vigário Geral. Essa guerra pelo controle territorial tem gerado medo e insegurança entre os moradores de Brás de Pina e Cordovil.
Em virtude da operação, a Secretaria Municipal de Educação (SME) anunciou o fechamento de três escolas localizadas em Cordovil, visando garantir a segurança dos alunos e funcionários. Já as unidades de saúde da região continuam funcionando normalmente, conforme informado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Além disso, as facções têm expandido suas atividades ilícitas para fora das comunidades, explorando negócios ilegais, como venda de internet clandestina. Há relatos de que criminosos instalaram câmeras em áreas estratégicas, como na Praça do Country, para monitorar a movimentação e evitar surpresas durante operações policiais ou ataques de facções rivais.
A situação no Morro do Quitungo é um reflexo da crescente violência que assola a Zona Norte do Rio, onde o tráfico de drogas e a guerra entre facções têm impactado diretamente a vida dos cidadãos, gerando um ciclo de medo e insegurança que parece não ter fim.
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