Projeto de lei que concede pensão mensal será enviado à sanção presidencial após aprovação.
05 de Dezembro de 2024 às 14h49

Câmara aprova pensão vitalícia para pessoas com deficiência associada ao Zika

Projeto de lei que concede pensão mensal será enviado à sanção presidencial após aprovação.

A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (4) um projeto de lei que estabelece uma pensão especial mensal e vitalícia para pessoas com deficiência permanente resultante da microcefalia, associada à infecção pelo vírus Zika. O valor da pensão será equivalente ao teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que atualmente é de R$ 7.786,02. Além disso, a proposta inclui uma indenização por dano moral no valor de R$ 50 mil.

Após a aprovação, o projeto de lei seguirá para sanção presidencial. A medida visa garantir um suporte financeiro contínuo para as famílias afetadas pela condição, que é uma consequência da infecção pelo Zika, um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Entre as emendas aprovadas, uma de autoria da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) exclui da lista de beneficiados as pessoas com deficiência permanente decorrente da Síndrome de Guillain-Barré, que também é associada ao Zika. A decisão gerou debates sobre a abrangência da proteção oferecida pela nova legislação.

Outra emenda prevê que a pensão possa ser paga como um abono, equivalente ao 13º salário, e que os beneficiários poderão acumular o valor com outros auxílios da Previdência, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a indenização mencionada.

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Adicionalmente, foi estabelecido que a pensão não poderá ser transmitida após o falecimento do beneficiário, exceto para a pessoa que comprove ter cuidado do paciente desde o nascimento até o óbito.

Para ter direito à pensão, os solicitantes deverão apresentar um laudo médico emitido por uma junta médica pública ou privada que comprove a condição. Essa exigência visa garantir que os recursos sejam direcionados a quem realmente necessita.

O projeto também prevê a ampliação do salário-maternidade e da licença-maternidade em 60 dias para os casos de nascimento de crianças com microcefalia relacionada ao Zika, abrangendo situações de adoção ou guarda judicial. Em relação à licença-paternidade, a proposta aumenta o período de 5 para 20 dias.

Essa iniciativa legislativa reflete um esforço do governo em oferecer amparo a uma população vulnerável, que enfrenta desafios significativos devido às consequências da infecção pelo vírus Zika.

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