Ex-presidente afirma que diretor da PF desrespeita Legislativo ao desconsiderar imunidade dos parlamentares
05 de Dezembro de 2024 às 22h16

Bolsonaro critica Andrei Rodrigues por declarações sobre imunidade parlamentar

Ex-presidente afirma que diretor da PF desrespeita Legislativo ao desconsiderar imunidade dos parlamentares

O ex-presidente Jair Bolsonaro, filiado ao PL, manifestou sua indignação em relação ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, após este afirmar que não existe "imunidade absoluta" para os parlamentares. A declaração de Rodrigues foi uma resposta ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que expressou descontentamento com os indiciamentos de deputados do PL.

A crítica de Bolsonaro ocorreu por meio de uma publicação na rede social X, onde ele afirmou: “Era só o que faltava: o Diretor-Geral da Polícia Federal agora acha que pode ‘rebater’ e ensinar ao Presidente da Câmara dos Deputados o que é imunidade parlamentar, o que é liberdade de expressão e o que os deputados podem ou não falar na tribuna.”

Embora não tenha mencionado diretamente o nome de Andrei Rodrigues, Bolsonaro insinuou que o chefe da PF estaria “se intrometendo em questões internas ao Legislativo” e “afrontando” a liberdade de expressão dos representantes do povo.

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O ex-presidente também manifestou solidariedade a Arthur Lira e aos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto (PL-PB), que foram indiciados pela Polícia Federal após criticarem publicamente o delegado Fábio Schor durante discursos na Câmara.

Os indiciamentos geraram uma onda de críticas dentro do Legislativo, levando Lira a prometer que a Câmara dos Deputados iria “aos últimos limites” para defender os parlamentares contra possíveis abusos de autoridade.

Em uma recente entrevista, Andrei Rodrigues reafirmou que a atuação da Polícia Federal não seria influenciada pela reação do Congresso, declarando: “Não há nada que afaste a PF de seu eixo de atuação. Nossa garantia não é a opinião de quem quer que seja, é a lei.”

Rodrigues destacou que as críticas feitas por Lira não afetariam as investigações em curso. “Atrapalhar, zero. Nós não vamos afastar um milímetro daquilo que nos pauta, que é a Constituição e as leis. Isso é o que pauta todas as nossas investigações e nos dá a capacidade de dar respostas ao sistema de justiça criminal”, afirmou o diretor da PF.

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