A escolha marca um momento histórico para a Corte, que será presidida por uma mulher até 2027.
05 de Dezembro de 2024 às 22h25

STM elege pela primeira vez uma mulher como sua nova presidente

A escolha marca um momento histórico para a Corte, que será presidida por uma mulher até 2027.

Em uma decisão histórica, o Superior Tribunal Militar (STM) elegeu sua primeira mulher para presidir a Corte, um marco significativo na trajetória do órgão, que existe há mais de 200 anos. A nova presidente, cuja posse está agendada para março de 2025, assume o cargo com a expectativa de liderar o tribunal durante um biênio que promete ser desafiador, com julgamentos importantes previstos para ocorrer.

O tribunal é responsável por julgar casos que envolvem membros das Forças Armadas e, durante sua gestão, a nova presidente terá a incumbência de analisar ações que podem resultar na perda de patentes de oficiais, incluindo generais, envolvidos em possíveis crimes políticos. Esses casos estão interligados a investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), onde a Justiça Militar tem a atribuição de julgar violação ao Código Penal Militar.

A nova líder do STM, que tem 64 anos e é natural de Belo Horizonte, é uma profissional reconhecida na área do Direito. Formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e doutora em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais, ela traz uma vasta experiência ao cargo, tendo atuado como professora e assessora jurídica em diversas instituições, incluindo o Tribunal Superior Eleitoral e a Casa Civil.

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Antes de sua eleição, a ministra já havia presidido o STM de forma interina entre 2014 e 2015, sendo a única mulher a ocupar tal posição na história do tribunal. A escolha de uma mulher para a presidência é vista como um passo importante para a inclusão e a representação feminina em instituições tradicionalmente dominadas por homens.

Além de sua carreira na Justiça Militar, a nova presidente é casada com um general da reserva, o que a coloca em uma posição ainda mais singular dentro do contexto militar. Com sua formação acadêmica e experiência prática, ela deverá enfrentar os desafios que a presidência do STM impõe, especialmente em um período em que questões de justiça e direitos humanos estão em pauta.

A nova gestão promete trazer uma abordagem inovadora ao tribunal e a expectativa é de que a escolha inspire outras mulheres a buscar posições de liderança em áreas historicamente masculinas, contribuindo para um ambiente mais igualitário e representativo.

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