Caiado reafirma oposição a câmeras em policiais após mudança de Tarcísio
Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, critica uso de câmeras em policiais, mesmo após recuo de Tarcísio de Freitas.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, reafirmou nesta sexta-feira, 6, sua posição contrária ao uso de câmeras corporais por policiais, mesmo após a recente mudança de postura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos. Caiado afirmou que respeita a decisão de Tarcísio, mas não pretende implementar essa medida em seu estado.
“Enquanto governador, seguirei sem uso de câmeras nos meus policiais, e sendo o Estado mais seguro do Brasil”, declarou Caiado em entrevista à CNN Brasil. O governador goiano já havia manifestado sua desaprovação ao uso de câmeras em outras ocasiões, destacando que é fundamental enfrentar a criminalidade de forma contundente.
Em agosto, após o ministro dos Transportes, Renan Filho, defender a adoção de câmeras, Caiado respondeu: “Ou se enfrenta a facção e a bandidagem, ou não se governa este País, que amanhã será tomado pela criminalidade”. Tarcísio, que anteriormente contestava a eficácia das câmeras, admitiu na última quinta-feira, 5, que “estava completamente errado nessa questão” e que tinha uma “visão equivocada” sobre o assunto.
A mudança de opinião de Tarcísio ocorre em um contexto de crescente preocupação com a segurança pública em São Paulo, marcada por diversos casos de violência policial nas últimas semanas. Em resposta a essa crise, Tarcísio anunciou que irá investir na ampliação do programa de câmeras, afirmando: “Vamos não só manter, mas ampliar o programa”.
No entanto, a nova posição do governador paulista não alterou a perspectiva de Caiado. “Sou governador de Estado, fui eleito pelo meu povo. Não vou colocar câmera em policial meu de maneira alguma. Não existe a hipótese de eu colocar câmera em policial meu”, enfatizou.
Além de sua posição sobre as câmeras, Caiado também criticou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública apresentada pelo governo Lula, alegando que a proposta usurpa o poder dos estados em questões de segurança. Ele ressaltou que, em sua gestão, tomou medidas que resultaram na redução de delitos em Goiás. “A hora que eu botei regra na penitenciária de Goiás, o crime acabou. Roubava-se dez mil carros por ano em Goiás, não rouba nenhum mais. Não é um escritório do crime mais”, afirmou.
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