Kim Yong-hyun foi detido após sugerir ao presidente Yoon Suk Yeol a imposição de lei marcial em meio a crise política.
08 de Dezembro de 2024 às 01h39

Ex-ministro da Defesa da Coreia do Sul é preso após tentativa de golpe frustrada

Kim Yong-hyun foi detido após sugerir ao presidente Yoon Suk Yeol a imposição de lei marcial em meio a crise política.

O ex-ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, foi preso na noite deste sábado, 7 de outubro, no Brasil, e madrugada de domingo no horário local, em decorrência de sua suposta participação na tentativa de decretar lei marcial pelo presidente Yoon Suk Yeol. A informação foi confirmada pela agência de notícias Yonhap.

A detenção de Kim ocorre após uma proposta feita ao presidente, que enfrentava um impasse significativo com a Assembleia Nacional, dominada pela oposição. O ex-ministro teria recomendado medidas drásticas, incluindo a adoção de uma lei marcial, em resposta ao crescente descontentamento político no país. No entanto, a proposta foi rapidamente revogada, apenas seis horas após sua sugestão, gerando uma onda de críticas e questionamentos sobre a legitimidade da ação.

Na quinta-feira anterior à sua prisão, Kim Yong-hyun anunciou sua renúncia ao cargo, um movimento que parece ter sido influenciado pela pressão política crescente e pela instabilidade que cercava o governo. A situação se agravou com uma tentativa de impeachment contra o presidente Yoon, que, embora tenha falhado devido ao boicote da oposição na Assembleia Nacional, deixou a administração em uma posição delicada.

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A prisão de Kim é vista como um reflexo das tensões políticas que marcam o momento atual na Coreia do Sul. O governo de Yoon Suk Yeol, que já enfrentou críticas por sua gestão, agora lida com as repercussões da proposta de lei marcial, que foi considerada um ato extremo em um contexto de crise.

Além disso, a situação levanta sérias preocupações sobre a governança e a estabilidade política no país. Especialistas alertam que a detenção do ex-ministro pode intensificar o clima de desconfiança entre os partidos e acirrar ainda mais os ânimos na Assembleia Nacional, que já é um campo de batalha constante entre a administração e a oposição.

As consequências dessa detenção e a crise política em curso devem ser acompanhadas de perto, uma vez que podem ter implicações significativas para o futuro da liderança de Yoon e para a própria democracia sul-coreana.

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