O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, afirmou que consideraria deixar a OTAN se não houver um 'acordo justo'.
09 de Dezembro de 2024 às 11h13

Trump sugere saída dos EUA da OTAN e quer eliminar cidadania por nascimento

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, afirmou que consideraria deixar a OTAN se não houver um 'acordo justo'.

Durante uma entrevista no último domingo (8), o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que está “totalmente” considerando a possibilidade de retirar o país da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), caso não consiga um “acordo justo” e os aliados europeus não cumpram suas obrigações financeiras. Ele enfatizou que os Estados Unidos estão arcando com uma carga desproporcional em relação aos custos da defesa coletiva.

Trump criticou a falta de comprometimento financeiro dos membros europeus da OTAN, sugerindo que a ausência de um suporte adequado compromete a eficácia da aliança. “Se eles não pagarem suas contas, não vejo razão para continuarmos”, afirmou, sublinhando a necessidade de um equilíbrio nas responsabilidades financeiras entre os membros.

Além de suas declarações sobre a OTAN, o presidente eleito abordou questões polêmicas relacionadas à imigração, manifestando a intenção de revogar a cidadania por nascimento nos Estados Unidos, uma prática garantida pela Constituição americana. Ele alegou que essa política encoraja a imigração ilegal e que, caso implementada, resultaria na deportação de todos os imigrantes em situação irregular no país.

A proposta de Trump gerou preocupação e discussões acaloradas sobre os direitos constitucionais dos indivíduos nascidos em solo americano. Especialistas em direito constitucional expressaram dúvidas sobre a viabilidade de alterar essa garantia sem uma emenda formal à Constituição.

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As declarações de Trump não apenas despertaram reações intensas em relação às questões sociais e de imigração, mas também impactaram as relações comerciais do país, especialmente com o México, que é um dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos. Com cerca de 80% das exportações mexicanas direcionadas ao mercado americano, a retórica agressiva do presidente eleito pode colocar em risco essa relação econômica estratégica.

Trump também mencionou a presença crescente de caravanas migrantes na fronteira sul dos Estados Unidos, ameaçando implementar políticas severas caso o fluxo migratório não seja controlado. Ele posicionou a segurança nacional como uma de suas prioridades, sinalizando que tomará medidas drásticas para lidar com o que considera uma crise de imigração.

Após sua eleição, líderes internacionais, incluindo o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, buscaram estabelecer um diálogo com Trump para minimizar os potenciais impactos de suas políticas. As discussões abordaram a segurança global e a importância de manter alianças firmes, especialmente em um contexto geopolítico marcado por tensões com países como Rússia, China e Coreia do Norte.

A crescente influência dessas nações em conflitos, como a guerra na Ucrânia, e o papel que a OTAN pode desempenhar em conter essa expansão são temas centrais nas conversas diplomáticas que se seguem à eleição de Trump.

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