Os futuros do petróleo Brent fecharam a US$ 72,14 por barril, enquanto o WTI subiu para US$ 68,37; instabilidades geopolíticas influenciam o mercado.
09 de Dezembro de 2024 às 18h51

Petróleo registra alta de 1% impulsionado por crise na Síria e política da China

Os futuros do petróleo Brent fecharam a US$ 72,14 por barril, enquanto o WTI subiu para US$ 68,37; instabilidades geopolíticas influenciam o mercado.

Os preços do petróleo apresentaram uma alta superior a 1% nesta segunda-feira (9), impulsionados por um aumento do risco geopolítico após a queda do presidente sírio Bashar al-Assad. Além disso, a China, maior importadora global de petróleo, sinalizou um movimento em direção à flexibilização de sua política monetária, algo que não ocorria desde 2010.

Os futuros do petróleo Brent fecharam com um aumento de US$ 1,02, equivalente a 1,4%, alcançando o valor de US$ 72,14 por barril. Da mesma forma, os futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos Estados Unidos subiram US$ 1,17, ou 1,7%, encerrando o dia a US$ 68,37.

Jorge Leon, chefe de análise geopolítica da Rystad Energy, comentou sobre a situação: “Os eventos na Síria no fim de semana podem impactar o mercado de petróleo e aumentar o prêmio de risco geopolítico sobre os preços do petróleo nas próximas semanas e meses, em meio a ainda mais instabilidade na região do Oriente Médio”.

Rebeldes sírios anunciaram na televisão estatal que haviam deposto Assad, encerrando uma dinastia familiar que perdurou por 50 anos. Essa mudança de regime levanta preocupações sobre uma possível instabilidade adicional em uma região já marcada por conflitos.

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Embora a Síria não seja um grande produtor de petróleo, sua localização estratégica e os laços com potências como a Rússia e o Irã conferem à situação uma relevância geopolítica significativa. Leon destacou que, combinada com as tensões em outras áreas do Oriente Médio, essa mudança pode ter repercussões em países vizinhos.

Por outro lado, a China está intensificando ajustes anticíclicos em sua política econômica, com foco na expansão da demanda interna e no aumento do consumo. A agência estatal Xinhua informou que essa decisão foi discutida em uma reunião de altos funcionários do Partido Comunista e do Politburo.

A economia chinesa enfrenta um momento delicado, com o crescimento estagnado em decorrência da crise no mercado imobiliário, que afetou a confiança e o consumo. A política de afrouxamento monetário refere-se a ações que um banco central ou governo pode adotar para estimular o crescimento, como aumentar a oferta de moeda, reduzir taxas de juros e implementar estímulos fiscais.

Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group, afirmou: “Vemos um aumento nos preços das commodities se a China realmente cumprir as promessas de uma política monetária mais flexível e a possibilidade de que eles façam o que for preciso para estimular a economia”.

A desaceleração econômica da China foi um fator determinante para a decisão do grupo de produtores de petróleo Opep+ de adiar os planos de aumento da produção na semana passada, refletindo a preocupação com a demanda global por petróleo.

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