Interrogatórios do presidente do PL e de Marcelo Câmara ocorrem nesta quinta-feira, conforme ordem de Alexandre de Moraes
11 de Dezembro de 2024 às 17h21

Valdemar Costa Neto e ex-assessor de Bolsonaro são convocados para depoimentos à PF

Interrogatórios do presidente do PL e de Marcelo Câmara ocorrem nesta quinta-feira, conforme ordem de Alexandre de Moraes

A Polícia Federal (PF) convocou o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, e o ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, coronel Marcelo Câmara, para prestarem depoimentos no âmbito de uma investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado que teria ocorrido após as eleições presidenciais de 2022.

Os depoimentos estão agendados para esta quinta-feira, 12 de dezembro, com Valdemar sendo ouvido às 14h30 e Marcelo às 14h. A determinação foi emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que lidera a investigação sobre as ações que visavam contestar o resultado das eleições.

Ambos os convocados já foram indiciados por crimes como organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O ex-presidente Jair Bolsonaro também figura entre os indiciados, totalizando 37 pessoas que enfrentam acusações relacionadas a essa trama.

Na semana anterior, Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, revelou em uma coletiva que novos depoimentos foram solicitados em investigações que estão interligadas a um inquérito já finalizado, que resultou no indiciamento de diversas pessoas. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e seu pai, general Lourena Cid, já foram ouvidos pela PF e estão entre os envolvidos nas apurações.

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O foco da investigação é um suposto plano que visava desestabilizar o governo recém-eleito, com a participação de figuras chave do governo anterior. O relatório da PF, que está sob análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), detalha a estrutura do grupo, que se organizou em núcleos com funções específicas, incluindo desinformação e incitação militar.

Um dos aspectos mais alarmantes da investigação é a revelação de um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que tinha como alvo o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, com uma data prevista para a execução em dezembro de 2022. O plano também mencionava a eliminação do ministro Alexandre de Moraes, que estava sob vigilância constante.

As investigações continuam a revelar a complexidade da trama, que envolveu não apenas figuras políticas, mas também membros das forças armadas e outros setores da sociedade. A PF busca esclarecer o papel de cada um dos indiciados e a extensão das ações que foram planejadas para desestabilizar o governo.

O indiciamento é um passo formal na investigação, que ocorre quando há evidências suficientes para considerar alguém como suspeito principal de um crime. Com a continuidade dos depoimentos, espera-se que mais informações venham à tona, contribuindo para a elucidação dos fatos e a responsabilização dos envolvidos.

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