Levantamento da Quaest revela que 37% dos paulistas consideram a atuação do governo negativa, um aumento em relação a abril.
12 de Dezembro de 2024 às 10h30

Avaliação da gestão Tarcísio de Freitas na segurança pública de SP piora, indica pesquisa

Levantamento da Quaest revela que 37% dos paulistas consideram a atuação do governo negativa, um aumento em relação a abril.

São Paulo – Uma pesquisa realizada pelo instituto Quaest, divulgada nesta quinta-feira (12), aponta uma deterioração na avaliação da gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na área de segurança pública. O levantamento, que ouviu 1.650 pessoas entre os dias 4 e 9 de dezembro, revela que 37% dos entrevistados consideram a atuação do governo negativa, um aumento em relação aos 31% registrados em abril deste ano.

A pesquisa destaca que a segurança pública é o setor mais mal avaliado da administração paulista, seguido por saúde, transporte e educação, que também apresentaram queda na percepção da população. Em abril, 33% dos entrevistados consideravam a segurança pública positiva, enquanto agora esse número caiu para 27%.

A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, o que significa que a situação pode ser ainda mais crítica. O levantamento ocorre em meio a uma série de episódios de violência policial que têm gerado preocupação entre os cidadãos. De janeiro a setembro de 2024, a polícia de São Paulo foi responsável pela morte de 496 pessoas, o maior número para esse período desde 2020.

Os dados da pesquisa mostram que a avaliação geral da gestão de Tarcísio de Freitas se manteve estável, com 61% dos eleitores aprovando seu governo, uma leve queda em relação aos 62% de abril. A desaprovação, por sua vez, se mantém em 26%. O governador enfrenta um cenário desafiador, especialmente após os recentes casos de violência, incluindo o de Ryan Andrade, de 4 anos, e do estudante de Medicina Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, que foram baleados em operações policiais.

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Em resposta às críticas sobre a violência policial, Tarcísio de Freitas se mostrou desdenhoso, afirmando que “o pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não estou nem aí”. Essa declaração gerou repercussão negativa e aumentou a pressão sobre o governador e seu Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, que já foi investigado por sua atuação em operações policiais.

Além da segurança pública, a pesquisa também revela que a avaliação da saúde pública caiu de 32% para 29% de aprovação, enquanto a avaliação do transporte público se manteve em 26%. A insatisfação com esses setores reflete a preocupação dos cidadãos com a qualidade dos serviços prestados pelo governo estadual.

O levantamento da Quaest também incluiu um bloco sobre as intenções de voto para as eleições de 2026, onde Tarcísio de Freitas lidera com 33%, seguido por Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, com 22%. Pablo Marçal aparece com 16% e Márcio França com 6%. A pesquisa mostra que 7% dos entrevistados estão indecisos e 16% afirmaram que votariam em branco ou nulo.

Com a crescente insatisfação da população em relação à segurança pública e a pressão sobre a gestão de Tarcísio, o cenário político em São Paulo se torna cada vez mais desafiador. A pesquisa reflete a necessidade urgente de ações efetivas para melhorar a segurança e a qualidade de vida dos cidadãos paulistas.

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