Ação da Polícia Federal e do Ministério Público visa desmantelar esquema de corrupção envolvendo rifas ilegais
12 de Dezembro de 2024 às 10h35

Policiais civis são investigados por cobrança de propina a influenciadores em SP

Ação da Polícia Federal e do Ministério Público visa desmantelar esquema de corrupção envolvendo rifas ilegais

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (12) uma operação em São Paulo, visando desarticular um esquema de corrupção que envolve policiais civis suspeitos de cobrar propina de influenciadores e artistas. A operação, denominada Latis Actio II, resulta de investigações que apontam para a solicitação de valores por parte dos agentes a produtores e empresários, em troca de não prosseguirem com inquéritos relacionados à exploração de jogos de azar.

De acordo com as investigações, os policiais teriam exigido pagamentos para não investigar as rifas promovidas por artistas e influenciadores em suas redes sociais, especialmente no Instagram. Essas rifas, que são sorteios com venda de bilhetes, são consideradas ilegais pelo Ministério da Fazenda, a menos que sejam organizadas por entidades beneficentes.

Os mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos em diversas cidades, incluindo São Paulo, Mauá, São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes e São José dos Campos. A operação conta com a colaboração da Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado (Ficco-SP) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo.

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Os influenciadores, temendo as consequências das investigações, que poderiam resultar em ordens judiciais para o bloqueio de seus perfis nas redes sociais, concordaram em pagar propina para evitar prejuízos financeiros e de imagem. A PF destaca que a prática de solicitar propina por parte de policiais é um crime grave que compromete a integridade das instituições.

A operação Latis Actio II é uma continuação de uma investigação anterior, que teve início em março deste ano, e busca coibir a corrupção ativa e passiva, além de combater a contravenção penal relacionada à exploração de jogos de azar. A PF e o Ministério Público ressaltam a importância de desmantelar esses esquemas que prejudicam a sociedade e a confiança nas instituições.

Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo não se manifestou sobre a operação. A expectativa é que novos desdobramentos sejam anunciados nas próximas horas, à medida que as investigações avançam e mais informações sobre o caso sejam reveladas.

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