Delegado e quatro policiais civis são alvos de mandados de prisão em ação que investiga corrupção e manipulação de investigações.
17 de Dezembro de 2024 às 07h25

Polícia Federal e MP realizam operação contra policiais suspeitos de ligação com o PCC

Delegado e quatro policiais civis são alvos de mandados de prisão em ação que investiga corrupção e manipulação de investigações.

Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) foi deflagrada na manhã desta terça-feira (17) com o objetivo de prender um delegado e quatro policiais civis suspeitos de colaborar com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação, que conta com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil, visa desmantelar um esquema criminoso que teria se infiltrado nas instituições policiais.

Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão foram autorizados pela Justiça e estão sendo cumpridos em endereços relacionados aos investigados. Além disso, medidas cautelares como o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens também foram determinadas, a fim de garantir a eficácia das investigações.

A operação é resultado do cruzamento de diversas investigações que envolvem o PCC, incluindo o assassinato do empresário Vinícius Gritzbach, ocorrido em 8 de novembro no Aeroporto Internacional de Guarulhos. As apurações revelaram um esquema que envolve a manipulação e o vazamento de informações sigilosas, além da venda de proteção a membros da facção criminosa.

De acordo com fontes próximas ao caso, as investigações indicam que a organização criminosa movimentou mais de R$ 100 milhões desde 2018, utilizando a corrupção de agentes públicos para facilitar a lavagem de dinheiro e garantir a impunidade de seus integrantes.

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Participam da operação 130 policiais federais e promotores, que estão cumprindo um total de oito mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão em várias localidades, incluindo a capital paulista e cidades do interior, como Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba.

Os investigados poderão responder por crimes como organização criminosa, corrupção ativa e passiva, além de ocultação de capitais. As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de reclusão, caso sejam condenados.

O nome da operação, TACITUS, deriva do latim e significa “silencioso” ou “não dito”, uma referência à forma de atuação da organização criminosa que se esconde nas sombras da sociedade.

Esta reportagem está em atualização.

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