Ministério Público e Polícia Federal realizam operação contra policiais suspeitos de extorsão a influenciadores que promoviam rifas ilegais.
12 de Dezembro de 2024 às 13h50

Policiais civis são alvos de operação por suposta cobrança de propina de influencers

Ministério Público e Polícia Federal realizam operação contra policiais suspeitos de extorsão a influenciadores que promoviam rifas ilegais.

Uma operação conjunta do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) e da Polícia Federal (PF) foi deflagrada nesta quinta-feira, 12, com o intuito de investigar policiais civis suspeitos de cobrar propina de influenciadores digitais que promoviam rifas ilegais. A ação, que conta com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo, visa combater a corrupção e a exploração de jogos de azar.

De acordo com o MP-SP, a operação, denominada Operação Latus Actio II, tem como foco a repressão a crimes de corrupção ativa e passiva, além de contravenções penais relacionadas à exploração de jogos de azar. A Polícia Civil afirmou que está colaborando com as investigações em andamento.

Na operação, foi cumprido um mandado de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo São Paulo, Mauá, São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes e São José dos Campos. A primeira fase da operação foi iniciada em 12 de março de 2024, e novas evidências surgiram desde então.

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As investigações revelaram que policiais civis teriam solicitado propinas a artistas, empresários e cantores de funk, com a promessa de não prosseguir com as investigações sobre contravenções penais ligadas à exploração de jogos de azar. Essas contravenções envolvem rifas promovidas e divulgadas por influenciadores em suas redes sociais.

Segundo o MP-SP, a realização de sorteios que caracterizem rifas não é autorizada pelo Ministério da Fazenda, configurando-se, portanto, como jogos ilegais. Essa situação gerou preocupação entre os artistas e influenciadores que promoviam as rifas, que temiam que as investigações resultassem em ordens judiciais que pudessem levar ao bloqueio temporário de seus perfis nas redes sociais, especialmente no Instagram.

Para evitar possíveis prejuízos financeiros e danos à sua imagem, muitos influenciadores concordaram em pagar as propinas solicitadas pelos policiais civis investigados. A operação busca não apenas responsabilizar os envolvidos, mas também desmantelar uma rede de corrupção que afeta o setor de entretenimento e a credibilidade das plataformas digitais.

A continuidade das investigações é essencial para esclarecer todos os detalhes e implicações dessa situação, que envolve a interação entre a polícia, influenciadores e a prática de jogos de azar. O MP-SP e a PF prometem manter a sociedade informada sobre os desdobramentos da operação e as medidas que serão tomadas para coibir práticas ilícitas.

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