Dados do IBGE mostram que 20,9% da população vive em casas alugadas, aumento de 8,6 pontos em 22 anos.
12 de Dezembro de 2024 às 11h25

Censo 2022 revela que um em cada cinco brasileiros reside em imóveis alugados

Dados do IBGE mostram que 20,9% da população vive em casas alugadas, aumento de 8,6 pontos em 22 anos.

O Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (12), revela que um em cada cinco brasileiros, ou 20,9% da população, mora em imóveis alugados. Este número representa um aumento significativo em relação aos dados de 2010, quando a proporção era de 16,4%.

O crescimento no número de pessoas vivendo em casas alugadas é notável, especialmente quando se considera que, em 2000, essa taxa era de apenas 12,3%. A pesquisa indica que, apesar da predominância da moradia própria, que ainda abrange 72,9% da população, o aluguel tem se tornado uma opção cada vez mais comum entre os brasileiros.

Os dados também mostram que a maior concentração de moradores em imóveis alugados está na região Centro-Oeste, onde 26,7% da população reside em casas alugadas. O Distrito Federal se destaca com 30,1% de seus habitantes vivendo nessa condição, enquanto o Piauí apresenta a menor taxa, com apenas 9,8%.

Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, Balneário Camboriú (SC) lidera a lista, com 45,2% de sua população vivendo em imóveis alugados. Em contraste, Cametá (PA) registra a menor proporção, com apenas 3,1% de moradores em aluguel. Lucas do Rio Verde (MT) também se destaca, com mais da metade de sua população (52%) residindo em imóveis alugados.

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A pesquisa ainda revela que a faixa etária de 25 a 29 anos é a que mais recorre ao aluguel, com 30,3% dos jovens nessa faixa vivendo em residências alugadas. A tendência é que essa porcentagem diminua com o aumento da idade, caindo para 20,2% entre aqueles de 40 a 44 anos. O ciclo de vida, que inclui a saída da casa dos pais e a entrada no mercado de trabalho, é um fator que contribui para essa realidade.

Os dados do Censo também indicam que, entre as pessoas que vivem em imóveis alugados, a maioria é composta por famílias com crianças. Aproximadamente 38,5% dos lares alugados têm pelo menos uma criança de 0 a 14 anos. Além disso, 27,8% dos domicílios são ocupados por pessoas que vivem sozinhas.

Em relação aos imóveis próprios, o Censo mostra que 63,6% da população vive em casas já quitadas, herdadas ou ganhas, enquanto 9,1% reside em imóveis que ainda estão sendo financiados. O aumento da moradia própria foi observado entre 1980 e 2000, mas a tendência se inverteu nas últimas décadas, resultando em uma proporção de 72,9% em 2022.

Os dados também revelam que as condições de moradia melhoraram ao longo dos anos. A pesquisa indica que 87% dos brasileiros vivem em casas com revestimento, um aumento em relação aos 79% registrados há doze anos. Além disso, a maioria da população reside em casas com cinco a nove cômodos, refletindo uma melhoria na qualidade das habitações.

Essas informações do Censo 2022 ressaltam a mudança no perfil habitacional do Brasil, evidenciando a crescente importância do aluguel como uma opção viável para muitos brasileiros, especialmente em um cenário econômico desafiador.

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