Em entrevista à revista Time, presidente eleito afirma que avaliará casos individualmente e agirá rapidamente após a posse.
12 de Dezembro de 2024 às 18h01

Trump promete analisar perdão a invasores do Capitólio no início de seu novo mandato

Em entrevista à revista Time, presidente eleito afirma que avaliará casos individualmente e agirá rapidamente após a posse.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que pretende analisar a possibilidade de conceder perdão presidencial aos indivíduos envolvidos na invasão do Capitólio, ocorrida em 6 de janeiro de 2021, assim que assumir novamente a Casa Branca, em janeiro de 2025. Em entrevista à revista Time, Trump enfatizou que sua abordagem será de avaliar cada caso individualmente, priorizando aqueles que não cometeram atos de violência.

“Vou analisar caso a caso, e se eles não foram violentos, acho que foram muito punidos”, declarou Trump, que também mencionou que iniciará esse processo “na primeira hora” de seu novo governo. O ex-presidente acredita que muitos dos condenados sofreram penalidades excessivas e que a maioria deles “não deveria estar na prisão”.

Trump fez essas declarações em um momento em que o atual presidente, Joe Biden, comutou as sentenças de 1,5 mil pessoas e perdoou 39 condenados por crimes não violentos, um ato considerado um dos maiores de clemência presidencial em um único dia na história dos Estados Unidos. A comparação entre as ações de Biden e suas promessas de campanha ressaltou a polarização política que permeia o país.

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Durante a entrevista, Trump também criticou o tratamento dado a manifestantes que participaram de protestos em outras cidades, como Seattle, durante os tumultos que se seguiram à morte de George Floyd em 2020. Ele argumentou que, enquanto alguns manifestantes violentos não enfrentaram consequências severas, os apoiadores que invadiram o Capitólio foram severamente punidos.

Desde o ataque ao Capitólio, mais de 1.200 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionados ao evento, com cerca de 730 se declarando culpadas e 750 condenadas, muitas delas cumprindo penas de prisão. Trump, por sua vez, não enfrenta consequências legais diretas por seu papel no episódio, embora tenha sido considerado o principal incitador da invasão.

Além de prometer o perdão, Trump também mencionou que pretende implementar outras medidas assim que reassumir a presidência, incluindo deportações de imigrantes ilegais e a ampliação da extração de petróleo nos Estados Unidos. Ele enfrenta ainda investigações sobre tentativas de reverter os resultados das eleições de 2020, mas o procurador especial Jack Smith decidiu não prosseguir com o caso após a eleição, citando a imunidade presidencial.

As promessas de Trump em relação ao perdão aos invasores do Capitólio reacendem debates sobre a justiça e a responsabilidade política, especialmente em um contexto onde a divisão entre os partidos continua a crescer. A expectativa é que, com a aproximação de sua posse, as discussões sobre a clemência presidencial e suas implicações políticas ganhem ainda mais destaque na mídia e entre os eleitores.

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