Nova técnica de avaliação da gordura corporal promete mais precisão e personalização
O Body Roundness Index (BRI) oferece uma análise detalhada do risco metabólico e da composição corporal.
O Índice de Massa Corporal (IMC) é amplamente utilizado para determinar o peso ideal de uma pessoa. Contudo, essa fórmula matemática não leva em consideração a distribuição da composição corporal, o que pode resultar em avaliações imprecisas. Em resposta a essa limitação, surge uma nova técnica: o Body Roundness Index (BRI), ou Índice de Redondeza Corporal (IRC), que promete uma análise mais precisa e personalizada da gordura corporal e do risco metabólico.
A nutróloga Dra. Ana Luisa Vilela, especialista em emagrecimento na cidade de São Paulo, explica que “o BRI apresenta uma alternativa ao IMC, considerando a relação entre a circunferência da cintura e a altura. Essa abordagem permite uma análise mais detalhada da distribuição da gordura no corpo, sendo especialmente eficaz na avaliação do impacto da gordura visceral, que é a mais perigosa e está associada a doenças como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares”.
Para calcular o BRI, é necessário utilizar duas medidas básicas: a circunferência da cintura e a altura, ambas em centímetros. Segundo a especialista, “essa equação relaciona o formato corporal à distribuição de gordura abdominal, um fator de risco significativo para a saúde”. O resultado obtido é então comparado a uma escala de referência que indica o grau de gordura corporal e os riscos associados.
“Trata-se de uma metodologia prática e acessível, que pode ser facilmente incorporada em consultas e exames de rotina”, complementa Dra. Vilela. Essa nova técnica não apenas melhora a precisão das avaliações, mas também pode ser um divisor de águas na forma como a saúde é monitorada.
Uma das principais diferenças entre o BRI e o IMC é que, enquanto o IMC considera apenas o peso e a altura, sem levar em conta a composição corporal e a localização da gordura, o BRI é capaz de identificar melhor os riscos à saúde, mesmo em pacientes que apresentam um IMC considerado normal, mas que têm gordura concentrada na região abdominal.
“Pessoas com alta massa muscular, por exemplo, frequentemente são classificadas como obesas pelo IMC. No entanto, o BRI consegue diferenciar entre massa magra e gordura de maneira mais eficaz”, destaca a nutróloga. Ela acredita que o BRI pode transformar as estratégias de prevenção e tratamento de doenças relacionadas à obesidade, proporcionando uma abordagem mais individualizada e eficaz.
Com a crescente preocupação com a saúde e o bem-estar, a adoção de métodos mais precisos de avaliação corporal, como o BRI, pode ser um passo importante para a promoção de uma vida mais saudável e consciente.
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