Patinetes elétricos de compartilhamento retornam às ruas de São Paulo
A Whoosh inicia operação com mil patinetes na Zona Oeste; regras incluem proibição de uso em calçadas e limite de 20 km/h.
A cidade de São Paulo retoma, a partir desta sexta-feira (13), o aluguel de patinetes elétricos por meio de compartilhamento. A operação será conduzida pela empresa Whoosh, que disponibilizará mil patinetes em 88 estações localizadas em bairros da Zona Oeste, como Itaim Bibi, Pinheiros e Jardim Paulista.
Para utilizar os patinetes, os usuários precisarão desembolsar R$ 2 para desbloquear o equipamento e R$ 0,67 por quilômetro rodado. A empresa também oferecerá planos semanais e mensais com valores diferenciados. A expectativa é que a Whoosh amplie a frota para 3.500 patinetes nos próximos meses.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciou a liberação do novo modal em um evento com representantes da Whoosh. Ele destacou que, ao contrário de tentativas anteriores, agora existem regras claras para a operação. “É mais um modal bastante importante. A empresa seguiu todo o regramento, o conselho de mobilidade discutiu e foram colocadas regras de velocidade e critérios para onde podem ser colocados esses patinetes”, afirmou Nunes.
Os patinetes poderão circular apenas em ciclofaixas, ciclovias e em vias com velocidade máxima de 40 km/h, sendo proibida a circulação nas calçadas. Além disso, a utilização é restrita a maiores de 18 anos e apenas uma pessoa pode andar por patinete. As operadoras são responsáveis por garantir que os equipamentos não ultrapassem a velocidade de 20 km/h.
A Whoosh implementou um sistema de monitoramento dos patinetes, que inclui chips e GPS, permitindo a fiscalização em tempo real. Francisco Forbes, CEO da empresa, ressaltou que haverá um programa de manutenção preventiva, com avaliações a cada 12 dias para garantir a segurança dos usuários. “Estamos promovendo conversas com os cartões de mobilidade da cidade, para que o usuário possa sair do transporte público e ter um benefício ao usar nosso equipamento no último quilômetro até o seu destino”, explicou Forbes.
O retorno dos patinetes elétricos ocorre em um contexto de aprendizado com as experiências passadas. Em 2018, quando o serviço foi introduzido pela primeira vez, a falta de regulamentação levou a problemas de estacionamento e abandono dos equipamentos. A nova iniciativa busca evitar esses erros, com regras mais rigorosas e um foco na segurança dos usuários.
A empresária Paula Nader, que esteve à frente da Grow, uma fusão entre a Yellow e a Grin, comentou sobre o novo cenário. “O avanço tecnológico é um aliado. A cobertura de internet 5G e a melhora dos patinetes, agora mais resistentes, são diferenciais neste retorno”, disse Nader, ressaltando que o desafio cultural ainda persiste, especialmente em relação ao uso de capacetes e ao correto estacionamento dos patinetes.
Com a nova operação, a Prefeitura de São Paulo espera não apenas oferecer mais uma alternativa de mobilidade, mas também promover um uso responsável e seguro dos patinetes elétricos. A implementação de campanhas educativas será fundamental para conscientizar os usuários sobre as regras de segurança e o correto uso dos equipamentos.
A Whoosh já opera em outras cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, Florianópolis e Porto Alegre, e as regras que regem essas operações serão replicadas em São Paulo, visando garantir uma experiência positiva para os usuários e a cidade.
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