Expectativas de especialistas indicam Selic a 14% em 2025 e inflação em 4,89% ao final de 2024
16 de Dezembro de 2024 às 10h47

Mercado projeta aumento de juros, dólar e inflação para os próximos anos

Expectativas de especialistas indicam Selic a 14% em 2025 e inflação em 4,89% ao final de 2024

Analistas do mercado financeiro, em recente consulta realizada pelo Banco Central (BC), apontam uma deterioração nas expectativas econômicas para os próximos anos. As informações foram divulgadas no Boletim Focus, publicado nesta segunda-feira, 16.

As projeções indicam que a inflação deve encerrar 2024 em 4,89%, um aumento em relação à estimativa anterior de 4,84%. Este número está acima da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%. Para 2025, a expectativa de inflação foi ajustada de 4,59% para 4,60%, enquanto para 2026 permanece em 4%. Já para 2027, a projeção subiu de 3,58% para 3,66%.

No que diz respeito à taxa de juros, o mercado não fez novas projeções para 2024, uma vez que não há mais reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) programadas para este ano. Contudo, para 2025, a expectativa de Selic foi elevada de 13,50% para 14%. Para 2026, a projeção também aumentou, passando de 11% para 11,25%. O único ano sem alteração nas projeções foi 2027, que permanece em 10%.

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Além das expectativas de inflação, os economistas também mostraram otimismo em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. A estimativa para 2024 subiu de 3,39% para 3,42%, enquanto para 2025 passou de 2% para 2,01%. As previsões para 2026 e 2027 mantiveram-se em 2%.

Em relação ao câmbio, a expectativa é que o dólar encerre 2024 cotado a R$ 5,99, um aumento em comparação aos R$ 5,95 previstos anteriormente. Para os anos seguintes, as projeções também foram ajustadas, com a moeda norte-americana prevista a R$ 5,85 em 2025, R$ 5,80 em 2026 e R$ 5,70 em 2027.

A deterioração do cenário econômico é atribuída ao pacote de medidas anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. As ações, consideradas insuficientes por analistas do mercado para equilibrar as contas públicas, resultaram em uma valorização do dólar, que atingiu o recorde histórico de R$ 6,11.

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