A PGR argumenta que não há novos fatos que justifiquem a liberação do general, preso sob suspeita de obstrução da Justiça.
22 de Dezembro de 2024 às 10h52

Procuradoria-Geral da República se opõe à revogação da prisão de Braga Netto

A PGR argumenta que não há novos fatos que justifiquem a liberação do general, preso sob suspeita de obstrução da Justiça.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se contrária ao pedido de revogação da prisão preventiva do general Braga Netto, solicitado por sua defesa. O militar encontra-se detido desde o dia 14 de outubro, sob a suspeita de ter tentado obstruir a Justiça em uma investigação relacionada a um suposto plano de golpe de Estado, que teria surgido após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

No parecer encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, enfatizou a “permanência dos motivos que fundamentaram a decretação da prisão preventiva e a inexistência de fatos novos que alterem o quadro fático probatório que embasou a medida”. Essa posição reflete a preocupação da PGR com a integridade das investigações em curso.

Quatro dias após a prisão, o advogado José Luís Oliveira Lima assumiu a defesa de Braga Netto. Em entrevista, o criminalista declarou que “o general não praticou crime algum” e descartou a possibilidade de um acordo de delação premiada, o que poderia complicar ainda mais a situação do militar.

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A PGR já havia se manifestado anteriormente a favor da manutenção da prisão preventiva, argumentando que a medida era essencial para evitar interferências nas apurações sobre o suposto plano golpista, que envolveria aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Gonet reiterou que Braga Netto representa um “risco concreto à aplicação da lei penal”, justificando a necessidade de sua detenção.

Durante os depoimentos, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, relatou que o general teria tentado influenciar sua delação. A Polícia Federal, ao solicitar a prisão de Braga Netto, argumentou que, em liberdade, ele poderia representar um risco à ordem pública, uma vez que teria condições de realizar atos que poderiam comprometer a investigação em andamento.

As informações sobre o caso foram extraídas de fontes confiáveis e refletem a gravidade das acusações contra o general, que continua a ser um personagem central nas investigações relacionadas ao suposto plano de desestabilização política.

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