Parlamento sul-coreano aprova impeachment do presidente interino
O presidente interino foi destituído após 13 dias no cargo, em meio a uma crise política intensa no país.
O Parlamento da Coreia do Sul decidiu, nesta sexta-feira, 27, destituir o presidente interino, que ocupou o cargo por apenas 13 dias. A votação foi unânime, com 192 deputados presentes apoiando o impeachment, alegando que ele “participou ativamente na insurreição” após a declaração de lei marcial feita por seu antecessor no início do mês.
Com a destituição, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Choi Sang-mok, assume a presidência interina do país. O processo de impeachment será formalizado com a entrega de documentos à Corte Constitucional, o que oficializará a saída do interino do cargo.
O presidente interino havia assumido a função após a destituição do presidente Yoon Suk-yeol, que ocorreu devido a uma tentativa frustrada de impor a lei marcial no dia 3 deste mês. A crise política na Coreia do Sul se intensificou com a votação pelo impeachment, que foi impulsionada pela oposição, agora majoritária no Parlamento.
Desde o início da semana, a oposição já havia sinalizado a intenção de remover o interino, especialmente por sua recusa em nomear juízes para o Tribunal Constitucional. Essa nomeação era crucial para dar continuidade ao processo de impeachment de Yoon, que ainda está em andamento.
A decisão do Parlamento reflete um clima de instabilidade política no país, onde a confiança nas instituições tem sido abalada. A oposição argumenta que a falta de ação do interino em nomear os juízes comprometeu a capacidade do sistema judicial de lidar com a situação política atual.
O novo presidente interino, Choi Sang-mok, terá a responsabilidade de liderar o país em um momento crítico, enquanto o Tribunal Constitucional analisa o impeachment de Yoon. A expectativa é que o processo judicial possa levar semanas ou até meses, dependendo da complexidade das questões envolvidas.
Com a mudança de liderança, a Coreia do Sul se prepara para enfrentar novos desafios políticos e sociais, em um cenário onde a oposição busca consolidar seu poder e o governo interino tenta estabilizar a situação. A pressão sobre as instituições e a necessidade de um governo eficaz são mais evidentes do que nunca.
A situação atual na Coreia do Sul é um reflexo das tensões políticas que têm se intensificado nos últimos meses, e a destituição do presidente interino marca mais um capítulo em uma história de instabilidade que pode ter repercussões significativas para o futuro do país.
Veja também: