A Organização Mundial da Saúde reforça a necessidade de transparência da China para entender a origem da pandemia que impactou o mundo.
30 de Dezembro de 2024 às 15h44

OMS solicita à China compartilhamento de dados sobre origem da covid-19 após cinco anos

A Organização Mundial da Saúde reforça a necessidade de transparência da China para entender a origem da pandemia que impactou o mundo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou seu apelo à China para que compartilhe dados sobre a origem da covid-19, cinco anos após o início da pandemia que resultou em milhões de mortes e severas consequências para economias e sistemas de saúde globalmente.

Em um comunicado oficial, a OMS afirmou: “Continuamos pedindo à China que compartilhe dados e ofereça acesso para que possamos compreender as origens da covid-19. É um imperativo moral e científico.” A entidade enfatizou que a falta de transparência e cooperação entre os países impede a preparação adequada para futuras epidemias e pandemias.

A OMS recordou que, em 31 de dezembro de 2019, sua representação na China recebeu um comunicado das autoridades de saúde de Wuhan, informando sobre casos de uma “pneumonia viral” na cidade. “Semanas depois, a covid-19 mudou nossas vidas e nosso mundo”, acrescentou a agência da ONU.

Recentemente, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, questionou se o mundo estaria melhor preparado para uma possível nova pandemia. Ele declarou: “A resposta é sim e não. Se a próxima pandemia ocorresse hoje, o mundo ainda enfrentaria as mesmas fragilidades que permitiram à covid-19 se estabelecer e se espalhar há cinco anos.”

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Além disso, Tedros destacou que, apesar das lições aprendidas, ainda existem vulnerabilidades que precisam ser abordadas. “O mundo também aprendeu muitas lições dolorosas e tomou medidas significativas para fortalecer suas defesas contra futuras epidemias e pandemias”, afirmou.

Desde dezembro de 2021, diversos países têm trabalhado em um acordo internacional para prevenir, preparar e responder a futuras pandemias. Os 194 Estados-membros da OMS que estão negociando o tratado chegaram a um consenso sobre a maior parte do conteúdo, mas ainda enfrentam impasses em aspectos práticos.

Um dos principais pontos de discórdia envolve as nações ocidentais, que possuem grandes indústrias farmacêuticas, e países em desenvolvimento, que temem ser marginalizados em futuras pandemias. O prazo para finalizar as negociações está previsto para maio de 2025.

Neste contexto, a OMS reafirma a importância de um esforço conjunto e transparente entre as nações para garantir que o mundo esteja preparado para enfrentar novos desafios de saúde pública.

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