Após pedido da OMS, China destaca que forneceu informações sobre a pandemia sem limitações.
31 de Dezembro de 2024 às 11h08

China reafirma compartilhamento de dados sobre covid-19 com a OMS sem restrições

Após pedido da OMS, China destaca que forneceu informações sobre a pandemia sem limitações.

A China reiterou, nesta terça-feira (31), que compartilhou informações sobre a covid-19 "sem nenhuma restrição", em resposta ao pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS) por mais dados e acesso para investigar as origens da pandemia. A declaração foi feita pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, durante uma coletiva de imprensa.

A pandemia de covid-19, que teve início há cinco anos na cidade de Wuhan, resultou na morte de milhões de pessoas e causou profundas crises econômicas em diversos países, além de sobrecarregar sistemas de saúde ao redor do mundo.

Na segunda-feira, a OMS divulgou um comunicado solicitando à China que fornecesse mais informações sobre a pandemia, enfatizando a importância desse compartilhamento para a prevenção de futuras crises sanitárias. A organização recordou que, em 31 de dezembro de 2019, seu escritório na China recebeu informações sobre casos de uma "pneumonia viral" em Wuhan.

Mao Ning afirmou que, desde o início da epidemia, a China compartilhou prontamente informações sobre o sequenciamento genético do vírus com a OMS e a comunidade internacional. "Sem nenhuma restrição, compartilhamos nossa experiência em prevenção, controle e tratamento, contribuindo significativamente para o trabalho global no combate à pandemia", destacou.

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Entretanto, a OMS criticou em várias ocasiões a falta de transparência e cooperação das autoridades chinesas durante a pandemia. Em 2021, uma equipe de especialistas da OMS, acompanhada por colegas chineses, conduziu uma investigação sobre as origens do vírus, que sugeriu a hipótese de que o coronavírus teria sido transmitido de um animal intermediário, possivelmente um morcego, para os humanos.

Desde então, os investigadores não conseguiram retornar à China, e a OMS tem solicitado repetidamente dados adicionais para aprofundar a investigação. A falta de transparência por parte da China tem sido apontada como um obstáculo significativo para a compreensão das origens do vírus, que já causou a morte de pelo menos sete milhões de pessoas em todo o mundo.

A OMS enfatizou a necessidade de colaboração internacional para prevenir e se preparar adequadamente para futuras epidemias. "Continuamos pedindo à China que compartilhe dados e acesso para podermos entender as origens da covid-19. Esse é um imperativo moral e científico", afirmou a organização em um comunicado recente.

As investigações sobre a origem do coronavírus continuam a ser um tema de intenso escrutínio científico e debate político. A OMS e outros países ocidentais acusam a China de reter informações cruciais, o que Pequim nega veementemente, afirmando que forneceu todos os dados disponíveis sobre a pandemia.

Enquanto isso, a busca por respostas sobre a origem do vírus permanece em andamento, com pesquisadores tentando identificar o hospedeiro intermediário que poderia ter facilitado a transmissão do coronavírus aos humanos. A complexidade do tema e a falta de consenso entre os especialistas tornam a questão ainda mais desafiadora.

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