Juliana Rangel, de 26 anos, se comunica com a família e demonstra recuperação no hospital
04 de Janeiro de 2025 às 11h05

Jovem baleada pela PRF apresenta melhora significativa e já respira sem aparelhos

Juliana Rangel, de 26 anos, se comunica com a família e demonstra recuperação no hospital

A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, que foi baleada na cabeça durante uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, apresenta uma recuperação surpreendente. Internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, ela já respira sem a ajuda de aparelhos e se comunica com a família.

De acordo com o último boletim médico, Juliana, que deu entrada na unidade em estado gravíssimo, começou a respirar de forma espontânea e não necessita mais do suporte da ventilação mecânica desde a última quarta-feira. O médico Thiago Resende, diretor do hospital, destacou que a paciente está consciente, sente os membros e interage com os familiares.

“Ela estava sentindo minha mão e apontou quando perguntei se tinha sensibilidade”, relatou Resende, enfatizando que a recuperação de Juliana é notável, considerando a gravidade dos ferimentos. O projétil que a atingiu não afetou o cérebro, o que contribui para o seu estado de saúde atual.

Juliana se mostrou lúcida, obedecendo a comandos e mobilizando os quatro membros, o que indica uma preservação das funções motoras. O médico afirmou que o prognóstico é muito bom, embora ainda não seja possível avaliar completamente a fala da paciente, que permanece sedada.

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A família de Juliana considera a recuperação como um verdadeiro renascimento. A jovem estava a caminho de Niterói para passar o Natal com parentes quando o carro da família foi atingido por disparos de agentes da PRF. O pai de Juliana também foi ferido, mas não precisou de internação.

Os disparos ocorreram na Rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias, e foram disparados por três policiais rodoviários federais. A PRF informou que os agentes envolvidos na abordagem estão afastados de suas funções enquanto o caso é investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

A defesa dos policiais alega que eles são servidores respeitados e que as versões divulgadas na mídia não refletem a realidade dos fatos. Segundo o advogado Luiz Gustavo Faria, os agentes acreditavam que estavam respondendo a uma situação de risco quando dispararam.

O caso gerou grande repercussão e levantou questões sobre a conduta da PRF em operações de abordagem. A investigação está em andamento, e a família de Juliana aguarda respostas sobre o que realmente ocorreu durante a ação policial.

Juliana continua internada na terapia intensiva, sob cuidados de uma equipe multidisciplinar, e a expectativa é de que ela seja transferida para a enfermaria na próxima semana, caso sua recuperação prossiga de forma satisfatória.

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