Dólar fecha em queda pelo segundo dia consecutivo, cotado a R$ 6,10
A moeda americana apresentou desvalorização de 0,13% nesta terça-feira, refletindo tendências no mercado internacional.
O dólar comercial encerrou a terça-feira, 7 de janeiro, com uma leve queda de 0,13%, cotado a R$ 6,10. Este é o segundo dia consecutivo de desvalorização da moeda americana em relação ao real, que se mostra mais forte em meio a um cenário de ajustes no mercado financeiro.
No cenário internacional, o dólar também apresentou desvalorização, o que pode ser atribuído à expectativa de dados econômicos dos Estados Unidos e à análise das políticas tarifárias do presidente eleito Donald Trump. Os investidores estão avaliando como essas tarifas podem impactar a inflação americana e, consequentemente, a atuação do Federal Reserve (Fed) em relação às taxas de juros.
Os analistas observam que a possibilidade de tarifas generalizadas pode aumentar a inflação nos EUA, limitando a capacidade do Fed de reduzir as taxas de juros, o que poderia, por sua vez, fortalecer o dólar. Essa dinâmica está sendo cuidadosamente monitorada pelos operadores do mercado financeiro.
Além disso, o preço do petróleo também subiu, impulsionado por preocupações com a oferta restrita da Rússia e do Irã, em decorrência das sanções ocidentais, e pela expectativa de maior demanda da China. Esses fatores têm gerado volatilidade nos mercados globais, impactando diretamente as cotações das moedas.
O dólar à vista, que é utilizado em transações comerciais, apresentou uma leve queda, refletindo um movimento de ajuste após os excessos observados no final do ano. O real, por sua vez, chegou a se depreciar no final das negociações, mas conseguiu se recuperar em parte, beneficiado por um ajuste no prêmio de risco.
Durante o dia, o dólar comercial chegou a registrar uma mínima de R$ 6,0546 e uma máxima de R$ 6,1187. O euro, por sua vez, também apresentou desvalorização de 0,44%, encerrando o dia cotado a R$ 6,3200.
Os operadores de mercado destacam que a leitura atual é de que o real pode ter se beneficiado de um ajuste em relação à piora exacerbada observada no final do ano passado. A busca por operações de “carry trade”, onde investidores tomam empréstimos em moedas de países com juros baixos para investir em moedas de países com taxas mais altas, também tem sido uma estratégia adotada.
Com a continuidade das tensões no cenário econômico global e as incertezas locais, os investidores permanecem cautelosos, aguardando novos dados que possam influenciar as decisões futuras do Fed e as políticas econômicas do novo governo americano.
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