Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, pede segurança para assentados após assassinato de dois integrantes do MST em Tremembé.
12 de Janeiro de 2025 às 17h51

Ministro solicita proteção a sem-terra após ataque em assentamento de Tremembé

Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, pede segurança para assentados após assassinato de dois integrantes do MST em Tremembé.

Na manhã deste domingo, 12, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) participaram do velório de Valdir Nascimento, 42, e Gleison Barbosa, 28, que foram assassinados em um ataque ao assentamento Olga Benário, em Tremembé, na noite de sexta-feira, 10. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, esteve presente e anunciou que solicitará ao governo de São Paulo a proteção policial para os demais assentados.

Teixeira afirmou que irá se reunir com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para discutir a situação de segurança dos trabalhadores rurais. “Vamos pedir ao governo do Estado de São Paulo a proteção para todos os assentados para que eles possam trabalhar”, declarou o ministro.

Além da proteção, o ministro cobrou esclarecimentos sobre o crime, que resultou em ferimentos em seis pessoas. A Polícia Civil já prendeu um homem suspeito de ser o mandante do ataque, que teria admitido sua participação nos crimes.

“Estamos cobrando da Polícia do Estado de São Paulo que esclareça quem são os mandantes desse crime, para que tenhamos a total dimensão de quem está por trás dele e um diagnóstico mais preciso sobre quais organizações possam querer constranger os trabalhadores e subtrair deles os terrenos que possuem para sua produção”, disse Teixeira.

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O ministro também enfatizou a gravidade do crime, que ele considera um ataque a agricultores pacíficos. “Esse foi um crime que assusta a sociedade brasileira porque trata-se de agricultores pacíficos que estavam em seu assentamento e que foram barbaramente assassinados ao defender seu lote”, afirmou.

A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, compareceu ao velório a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em suas redes sociais, Evaristo anunciou que a pasta oferecerá proteção às lideranças do MST, afirmando que “é direito do povo ter paz e justiça”.

O ataque ocorreu quando um grupo armado chegou ao assentamento em carros e motos, disparando contra os sem-terra. Os corpos de Valdir e Gleison, que serão cremados, foram retirados do local após a perícia.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), um homem foi detido em flagrante por porte ilegal de arma durante a ação policial que se seguiu ao ataque.

O caso foi registrado na Delegacia Seccional de Taubaté como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.

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