O Tribunal de Justiça de Goiás destinará R$ 43 mil em cápsulas de café para os gabinetes dos desembargadores, com a compra realizada em período de recesso.
13 de Janeiro de 2025 às 16h53

Justiça de Goiás investe R$ 43 mil em cápsulas de café para desembargadores

O Tribunal de Justiça de Goiás destinará R$ 43 mil em cápsulas de café para os gabinetes dos desembargadores, com a compra realizada em período de recesso.

O Tribunal de Justiça de Goiás anunciou um investimento de R$ 43 mil na aquisição de cápsulas de café, que serão utilizadas nos gabinetes dos desembargadores. O empenho desse valor ocorreu na véspera do Natal, enquanto oficialmente o Poder Judiciário se encontrava em recesso.

Até o momento, o tribunal não se manifestou sobre a compra, apesar de solicitações para esclarecimentos. O espaço para resposta permanece aberto.

De acordo com a legislação vigente, como o valor da compra não ultrapassa o limite estabelecido para a obrigatoriedade de licitação, a aquisição pode ser realizada diretamente com o fornecedor. As cápsulas adquiridas têm uma previsão de duração de cinco meses, considerando que o tribunal é composto por 78 desembargadores.

Antes da contratação, a Corte realizou um estudo técnico preliminar, uma etapa obrigatória para a formalização de contratos em órgãos públicos. O estudo justifica a compra de máquinas de café expresso, com o objetivo de “promover um ambiente de trabalho mais confortável e acolhedor para os gabinetes dos desembargadores”. O documento ressalta que, sem as cápsulas adequadas, “as máquinas não poderão operar, tornando-se ineficazes”.

O estudo também destaca que “as cápsulas compatíveis com essas máquinas oferecem uma ampla variedade de opções, incluindo cafés, chocolates quentes e bebidas geladas, atendendo a diferentes gostos e preferências”.

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Em um documento adicional que formalizou a demanda, a Divisão de Material e Patrimônio, subordinada à Diretoria Administrativa, enfatiza que as cafeteiras instaladas nos gabinetes proporcionam “praticidade”, eliminando a necessidade de buscar café em outros locais.

A decisão de investir em cápsulas de café levanta discussões sobre a utilização de recursos públicos em itens que podem ser considerados supérfluos, especialmente em um contexto de recesso judicial.

O Tribunal de Justiça de Goiás, que tem como função primordial a administração da justiça no estado, é frequentemente alvo de críticas e questionamentos sobre a gestão de seus recursos financeiros.

Essa compra, embora justificada pela necessidade de conforto no ambiente de trabalho, pode ser vista como um reflexo das prioridades do Poder Judiciário em tempos de contenção de gastos públicos.

O tribunal, que já enfrenta desafios relacionados à transparência e à eficiência, poderá ter que lidar com a repercussão dessa decisão em um cenário onde a sociedade exige cada vez mais responsabilidade na administração do dinheiro público.

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