A rede social chinesa classificou como 'pura ficção' a possibilidade de venda de suas operações nos EUA para o X, de Musk.
14 de Janeiro de 2025 às 11h05

TikTok desmente rumores sobre venda para a empresa de Elon Musk nos EUA

A rede social chinesa classificou como 'pura ficção' a possibilidade de venda de suas operações nos EUA para o X, de Musk.

A ByteDance, empresa controladora do TikTok, negou categoricamente as informações que circulam sobre uma possível venda da plataforma para o X, rede social de Elon Musk, nos Estados Unidos. A declaração foi feita em resposta a uma reportagem da Bloomberg, que sugeriu que as autoridades chinesas estariam considerando essa alternativa para contornar a pressão legislativa que ameaça as operações do TikTok no país.

Um porta-voz do TikTok afirmou: “Não se pode esperar que comentemos sobre pura ficção”, enfatizando a falta de veracidade nas alegações. A especulação sobre a venda surgiu em meio a um contexto de crescente tensão entre os EUA e a China, especialmente no que diz respeito à segurança de dados e à privacidade dos usuários.

A Bloomberg relatou que, segundo fontes anônimas, a venda das operações do TikTok nos EUA poderia ser uma solução para a ByteDance, que enfrenta a possibilidade de um banimento em solo americano. A legislação que exige o desmembramento da empresa, caso contrário, suas atividades seriam encerradas, está prestes a entrar em vigor.

O valor das operações do TikTok nos Estados Unidos foi estimado entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões, o que representa uma quantia significativa no mercado. Apesar de Elon Musk ser considerado o homem mais rico do mundo, ainda não está claro como ele poderia financiar tal aquisição ou se precisaria liquidar outros ativos para viabilizar a compra.

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As discussões sobre a venda, conforme mencionado na reportagem, estariam sendo conduzidas em Pequim, onde as autoridades estariam avaliando a viabilidade da negociação. No entanto, a própria Bloomberg destacou que não há evidências concretas de que Musk, a ByteDance ou o TikTok tenham mantido conversas sobre os termos de uma possível transação.

Além disso, a Suprema Corte dos EUA, em uma audiência recente, analisou os argumentos apresentados pelo TikTok para bloquear a nova legislação que visa restringir suas operações. A empresa argumenta que a legislação fere a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão e a privacidade dos mais de 170 milhões de usuários da plataforma nos EUA.

Por outro lado, o governo americano alega que o TikTok representa um risco à segurança nacional, permitindo que o governo chinês colete dados dos usuários e utilize a plataforma como um canal de propaganda. Tanto Pequim quanto a ByteDance têm negado veementemente essas alegações, defendendo a integridade e a segurança de suas operações.

Com a iminência da nova legislação, o futuro do TikTok nos EUA permanece incerto, e a possibilidade de um banimento pode se concretizar a partir do próximo domingo, quando a lei começará a vigorar.

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