Cortes de energia na Ucrânia após ataques aéreos russos em seis regiões
A Ucrânia enfrenta emergências energéticas devido a novos ataques da Rússia
A Ucrânia implementou cortes de energia emergenciais em seis regiões, em resposta a um ataque aéreo massivo realizado pela Rússia, que visou a infraestrutura energética do país. A operadora da rede nacional, Ukrenergo, anunciou as medidas nesta quarta-feira (15), em meio a um alerta de ataque aéreo em todo o território.
As regiões afetadas incluem Kharkiv, Sumy, Poltava, Zaporizhzhia, Dnipropetrovsk e Kirovohrad. O ataque ocorreu em um momento crítico, com a força aérea de Kiev alertando sobre a presença de múltiplos projéteis lançados pela Rússia, embora não houvesse relatos imediatos de danos significativos.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se manifestou nas redes sociais, descrevendo a situação como “outro ataque massivo russo”. Ele ressaltou que, apesar das dificuldades, as forças ucranianas conseguiram interceptar mais de 30 dos 40 mísseis lançados. “É o meio do inverno, e o alvo dos russos permanece inalterado: nossa infraestrutura energética”, afirmou Zelensky.
“Outro ataque massivo russo. É o meio do inverno, e o alvo dos russos permanece inalterado: nossa infraestrutura energética.”
— Volodymyr Zelensky
O governador da região de Ivano-Frankivsk, Maksym Kozytskyi, confirmou que instalações críticas foram atingidas, mas não houve relatos de vítimas. Em Lviv, que faz fronteira com a Polônia, também foram registrados danos em infraestruturas essenciais.
Além dos cortes de energia, o ministro da Energia da Ucrânia, German Galushchenko, informou que “medidas preventivas” estão sendo adotadas para proteger o sistema de distribuição durante os ataques. A Rússia tem intensificado suas ofensivas aéreas contra a rede elétrica da Ucrânia, especialmente durante os meses de inverno, quando a demanda por energia é maior.
As autoridades de Kiev continuam a solicitar apoio militar internacional para fortalecer suas defesas aéreas. Zelensky reiterou a necessidade de aumentar as capacidades do escudo aéreo da Ucrânia, pedindo mais assistência aos membros da OTAN. “As promessas feitas por nossos parceiros na cúpula da OTAN em Washington ainda permanecem parcialmente não cumpridas”, destacou.
O ataque russo ocorreu um dia após a Ucrânia realizar sua maior ofensiva aérea contra a Rússia desde o início do conflito, visando instalações militares e centros de energia. A Rússia, por sua vez, expressou descontentamento com o uso de mísseis fornecidos por países ocidentais e prometeu que suas ações não ficariam sem resposta.
A invasão da Ucrânia pela Rússia, que começou em fevereiro de 2022, já resultou em milhares de mortes e continua a ser um foco de tensões internacionais. O conflito, que se estende por quase três anos, tem visto a Rússia intensificar suas operações militares enquanto a Ucrânia busca apoio contínuo de aliados ocidentais.
O cenário atual destaca a vulnerabilidade da infraestrutura energética da Ucrânia, que tem sido um alvo constante nas estratégias militares russas. A situação permanece crítica, com as autoridades ucranianas trabalhando para mitigar os impactos dos ataques e garantir a segurança de seus cidadãos.
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