Prefeito de Carmo do Rio Claro proíbe funk em escolas e na Carreta Furacão
Decretos visam proibir músicas que fazem apologia a crimes e drogas em eventos e escolas municipais.
O prefeito de Carmo do Rio Claro, Minas Gerais, Filipe Carielo (PSD), implementou restrições rigorosas à execução de músicas de funk nas escolas municipais e em eventos promovidos pela prefeitura, incluindo a famosa "Carreta Furacão da Alegria", que oferece passeios recreativos para crianças e adolescentes.
Em dois decretos publicados no início deste ano, Carielo estabeleceu que não serão permitidas músicas que façam apologia ao crime, ao uso de drogas, à pornografia, à automutilação ou que contenham linguajar obsceno. A decisão foi motivada pela preocupação com o conteúdo inadequado que poderia influenciar negativamente os jovens.
“Decidimos cortar pela raiz para que os estudantes não se acostumem a consumir gêneros musicais que não agregam valor à formação deles”, declarou o prefeito em um comunicado oficial. Ele enfatizou que o objetivo é criar um ambiente escolar mais saudável e promover ações positivas, como aulas de música, que já estão sendo implementadas em algumas instituições.
O primeiro decreto, publicado em 6 de janeiro, especifica que a proibição se aplica a todas as escolas da rede pública municipal e a eventos organizados pela Secretaria Municipal de Educação. O texto ressalta a necessidade de preservar o desenvolvimento moral dos alunos e evitar os malefícios associados à execução de músicas com letras impróprias.
Além disso, o decreto proíbe a execução de qualquer música ou gênero musical que, mesmo por duplo sentido, faça apologia ao crime, à automutilação ou que utilize linguajar obsceno. O prefeito também determinou que, se o videoclipe oficial de uma música contiver imagens que se enquadrem nas situações vetadas, a execução da música também será proibida.
O segundo decreto, publicado em 10 de janeiro, estende a proibição aos veículos de recreação que comercializam ingressos para passeios, como a "Carreta Furacão da Alegria". Caso as normas sejam desrespeitadas, os responsáveis pelos veículos poderão ter o alvará de funcionamento suspenso e ficarão impedidos de obter uma nova licença por um ano.
As medidas têm gerado discussões na comunidade, com defensores argumentando que a iniciativa é necessária para proteger os jovens de influências negativas, enquanto críticos afirmam que a proibição pode limitar a liberdade de expressão e a diversidade cultural.
A reportagem tentou entrar em contato com o prefeito para discutir mais sobre os decretos, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. Em uma entrevista anterior, Carielo afirmou que “noventa por cento das letras são totalmente impróprias para crianças” e que a decisão visa proteger a formação dos jovens.
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